Inglês técnico torna-se diferencial
CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO
Dominar o inglês de uso cotidiano deixou de ser diferencial há tempos. Agora, para se destacarem, profissionais investem no aprendizado técnico do idioma.
Conhecer termos como "tier one capital" (recursos que bancos têm nos cofres para garantir operações de risco, como empréstimos) e "corporate divestiture" (estratégia para remover unidades do portfólio da corporação) -só para ficar no vocabulário de negócios- é algo valorizado em empresas e seleções de emprego.
Prova disso é o movimento crescente de procura por cursos específicos nas escolas, de acordo com instituições de ensino e de intercâmbio consultadas pela Folha.
Na Englishtown, o aumento da demanda resultou na ampliação da oferta de programas com vocabulário técnico, conta Julio de Angeli, vice-presidente para Europa e Américas. A instituição oferece opções em 20 áreas.
"Cada uma tem sua especificidade", considera Silvia Freitas, diretora da rede de escolas de idioma Berlitz.
Segundo ela, é difícil entender publicações e conversas de determinados campos, mesmo com inglês fluente.
"COMPETITIVE"
A estudante Natália Cançado, 21, atesta a relevância do inglês técnico para manter-se atualizada em sua área de formação: "A medicina é muito dinâmica".
Isadora Brant/Folhapress |
Natalia Cançado faz curso de inglês específico para sua área, porque acredita ser mais fácil crescer na carreira |
"Não perco o ritmo para entender conceitos e me mantenho competitivo", justifica Antônio Carlos, 60, que faz inglês voltado à área de TI.
A área de informática é uma das que mais demandam conhecimento específico da língua, segundo as escolas.
Esse foi um dos motivos para a BandTec (Faculdade de Tecnologia do Colégio Bandeirantes) ter inserido inglês técnico na grade dos cursos.
"A ideia é que [o conhecimento específico do idioma estrangeiro] seja mais uma competência", avalia o coordenador Mauricio Pimentel. É nisso que aposta o aluno de análise e desenvolvimento de sistemas na BandTec Gustavo Rodrigues, 19, que diz ver no inglês técnico uma chance de melhorar o currículo.
Especialistas em recursos humanos, porém, recomendam cautela antes de se matricular em um curso focado. O peso do conhecimento técnico de outro idioma "dependerá da área de atuação e da empresa", indica Elaine Saad, gerente-geral da consultoria Right Management.
PREÇO E DOMÍNIO DO IDIOMA DEVEM SER AVALIADOS
Só vale inscrever-se em cursos focados por área se o profissional já conta com bons conhecimentos do idioma estrangeiro, explica Silvia Freitas, diretora de relações corporativas da rede de idiomas Berlitz.
Também deve-se considerar o preço. Cursos específicos custam até R$ 6.000 por semestre -o dobro dos tradicionais, de acordo com escolas consultadas.
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