Escolha de 'coach' pede certificado e histórico
CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO
O valor de até R$ 10 mil por uma hora de "coaching" e os resultados que o cliente espera alcançar são dois motivos que justificam cuidados na escolha do profissional. Diante da oferta, valem as referências, orientam consultores.
"Esse mercado é novo e provoca confusão; olhar a experiência que ele ["coach"] tem é útil", afirma Mara Turolla, da consultoria de RH da Career Center.
Embora não seja regulamentado, o profissional pode obter certificação. Conhecer o histórico da instituição que atesta a qualificação do especialista é parte da pesquisa, indica o presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, José Roberto Marques.
Luiza Sigulem/Folhapress |
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Natasha Canuto contratou processo de "coaching" com indicações |
Uma entrevista com o "coach" auxilia a escolha -ela permite saber há quanto tempo ele atua, quantas empresas atendeu e quais executivos receberam orientação.
"É importante conhecer a reputação [do especialista] entre os que foram atendidos", diz Marco Túlio Zanini, professor e coordenador do mestrado executivo da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Foi o que fez a profissional de marketing Natasha Canuto, 28, no início deste ano, para encontrar o "coach" que a ajudaria a entender melhor seu perfil profissional.
A meta era solucionar um dilema: trabalhar como analista sênior em uma instituição financeira de grande porte ou organizar a área de atendimento de uma média agência de marketing imobiliário.
"Tinha um sonho de concretizar coisas, o que poderia fazer melhor na agência." Ao entrar no banco, "estava vivendo o sonho dos outros".
A terapeuta Ana Mello, 56, também recorreu a colegas para encontrar um "coach" que a ajudasse a entender por que seu rendimento estava aquém do esperado: "Trabalhava das 6h às 22h
e não tinha retorno financeiro".
Com o auxílio, descobriu que cobrava abaixo dos valores de mercado e que as consultas eram longas demais. "Ajustei a minha rotina. Foi uma virada", conta.
QUEIXAS
Os insatisfeitos têm dois canais de reclamação: as certificadoras e a internet, por meio de sites e redes sociais, orienta a professora Tania Casado, da FIA (Fundação Instituto de Administração).
A auxiliar administrativa Juliana Lopes Gonzalez, 24, pensa em ir à Justiça. No ano passado, foi a um escritório para uma entrevista de emprego, mas, em vez de uma oferta de vaga, recebeu uma de "coaching". "Não demonstrei interesse, mas me pressionaram dizendo que seria a chance da minha vida."
Ela pagou R$ 800 por seis meses de atendimento, que nunca recebeu.
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