Empresas negam xeretar Facebook de candidatos a emprego
FELIPE MAIA
DE SÃO PAULO
Neste ano, causou espanto a informação de que empresas nos Estados Unidos têm o hábito de, durante um processo seletivo, pedir as senhas do perfil de seus candidatos no Facebook para verificar não só o que eles optam por tornar público, mas também o que é restrito a amigos.
No Brasil, consultores e empresas ouvidas pela reportagem afirmam que não é disseminada a prática de verificar as redes sociais de aspirantes a uma vaga.
Simon Plestenjak/Folhapress |
Não podemos ficar olhando, no Facebook da pessoa, se ela gosta de festa ou faz coisa errada", diz Bruno Pitzer, da GE |
A Vale, por exemplo, diz que a consulta a sites, blogs e perfis em redes sociais não está prevista em seus sistemas de seleção, que levam em conta apenas análise curricular e entrevistas.
Na GE, a prática é expressamente proibida. "Não podemos ficar olhando, no Facebook da pessoa, se ela gosta de festa ou faz coisa errada", diz Bruno Pitzer, gerente de aquisição de talentos da companhia.
Isso não significa que, na hora de selecionar um funcionário, as empresas não levem em conta a sua vida pessoal. O que elas dizem é que essas características não são analisadas no meio virtual.
"Em uma entrevista, avaliamos as relações do candidato com a família, por exemplo. Há uma exposição maior da intimidade", diz Luciano Carbonari, sócio da Amrop Panelli Motta Cabrera.
Mariângela Cifelli, gerente da consultoria Page Personnel, diz que pode até verificar o Facebook ou o Twitter de um candidato a trainee ou a estagiário, mas que isso não é determinante.
"A pessoa que está concorrendo a uma posição júnior está em um momento de experimentar tudo, viajar, ir para a balada. No caso de a vaga ser sênior, nós vamos analisar a maturidade e a resiliência da pessoa na sala de entrevistas, independentemente do conteúdo que ela tem na rede social."
Para Luís Testa, gerente comercial da Vagas Tecnologia, processos seletivos têm um componente cultural. Os recrutadores brasileiros, por exemplo, costumam receber mais currículos do que os norte-americanos, o que dificultaria a análise personalizada da vida on-line de cada candidato.
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