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09/06/2013 - 01h15

Empresas afinam seleção de trainees

EDUARDO KORNIVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Programas de trainee podem sair caros para as empresas: investir até dois anos na formação de um profissional que não se enquadra na cultura da companhia e vê-lo ir embora depois disso implica perda de tempo e dinheiro.

Por isso, as organizações estão afinando o modo como analisam o comportamento dos candidatos na seleção.

"Elas querem identificar no candidato o DNA da companhia para garantir que todos os contratados caibam exatamente naquilo que estão procurando", afirma Manoela Costa, gerente da consultoria Page Talent. Também existe uma preocupação maior em mostrar como é o jeito de trabalhar da organização, para que o candidato avalie se vai se encaixar.

"Desde o primeiro momento da seleção, mostramos como somos e o julgamento fica com a própria pessoa", afirma Roberto Sanches, diretor de RH da Deloitte.

Na International Paper, a seleção teve a participação de pessoas com quem os trainees iriam trabalhar diretamente, e não apenas diretores do primeiro escalão.

Ze Carlos Barretta/Folhapress
Marcelo Casarri, assistente de auditoria, começou na Deloitte como trainee
Marcelo Casarri, assistente de auditoria, começou na Deloitte como trainee

Os especialistas ressaltam que não há um único perfil comportamental adequado.

A seleção está cada vez mais direcionada: um candidato muito bom para uma organização não necessariamente se encaixará em outra.

Existem, no entanto, algumas características em alta no momento: flexibilidade, proatividade e comunicação interpessoal.

O Itaú, por exemplo, utiliza um game para trazer à tona o perfil dos candidatos.

"Se ele chegar à dinâmica e não souber trabalhar em equipe e ou comunicar uma ideia, não passa, mesmo que tenha sido o número um nas fases anteriores", diz Marcele Correia, superintendente de atração da companhia.

Avener Prado/Folhapress
Diego da Rocha Sebben é um dos trainees do Itaú
Diego da Rocha Sebben é um dos trainees do Itaú

Diego Rocha Sebben, 26, contratado como trainee neste ano pela instituição, afirma que tem valores parecidos com os do banco, algo que influencia na contratação.

"Não gosto de acomodação. Quero aprender muito e o mais rápido possível", afirma Sebben.

Durante o programa de trainee, para manter o jovem motivado e interessado em se manter na companhia, as empresas apostam em benefícios como viagens internacionais e programa de promoções.

Marcelo Broggio Casarri, 23, por exemplo, passou um mês no escritório da Deloitte em Nova York. Ele também trabalhou em diferentes áreas da empresa a cada mês.

"Para mim, os primeiros meses foram difíceis. Aprendi falar com pessoas enquanto tentava entender a minha área de atuação," afirma.

 

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