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22/08/2013 - 07h01

Funcionários traçam perfis de seus chefes; maioria é inconstante e autoritária

DE SÃO PAULO

Inconstantes, autoritários, enroladores e inseguros. Uma pesquisa realizada pelo site Vagas.com mostrou que 60% dos entrevistados afirmam que seus chefes possuem alguma dessas características.

"Isso mostra que há uma insatisfação generalizada dos funcionários com seus gestores e que o líder precisa urgentemente reavaliar seus conceitos, seu modelo de gestão e seu ritmo de trabalho", afirma Fabíola Lago, coordenadora do estudo.

O levantamento levou em conta as respostas de 10.670 entrevistados (54% mulheres e 46% homens). A maioria está na faixa etária de 18 a 24 anos (24%) e 25 a 29 anos (24%). A maior parte deles (44%) ocupa cargos de estagiário, assistente, auxiliar, técnico, operacional, atendente e etc.

Segundo a pesquisa, a maior parte (30%) dos subordinados afirmam que seu chefe muda de opinião com frequência. 12% deles classificam seus superiores como agressivos e autoritários. O enrolador aparece em 11% das respostas.

Além disso, 9% dos entrevistados dizem que seus chefes são detalhistas e perfeccionistas, e 7% os acham inseguros.

Também houve respostas positivas: 13% dos profissionais classificaram seus superiores como amigos, e 12% como visionários. E 6% afirmam que têm chefes "paz e amor".

Sobre os gestores em questão, a pesquisa identificou que 34% deles ocupam um cargo de gerência; outros 34% são coordenadores ou supervisores; 30% ocupam cargos de alta gestão (dono de empresa, presidente, vice-presidente, superintendente ou diretor) e 2% são líderes operacionais.

Além disso 64% são do sexo masculino e 36% do sexo feminino, sendo 40% com idade de 31 a 40 anos e 47 % com mais de 40 anos.

VOCÊ GOSTA DO SEU CHEFE?

A pesquisa perguntou se os funcionários gostam ou não do seu chefe. Aqueles que gostam são maioria, e totalizam 39%. Os que não gostam são 29%, os que não sabem se gostam somam 18% e os que gostam muito representam 18%.

"Apesar de serem vistos como nocivos ou prejudiciais, os funcionários ainda respeitam a figura do chefe. Eles são a referência para muitos daqueles que pretendem ter uma carreira vitoriosa e um líder é o espelho para eles", explica a coordenadora.

A rejeição aos superiores é maior em cargos elevados. Os chefes de alta gestão não são queridos por 29% dos seus subordinados. 31% dos entrevistados não gostam de seus gerentes e 27% não têm muita simpatia por seus coordenadores e supervisores.

Os chefes de estagiários, assistentes, auxiliares, técnicos, atendentes e operacionais não são queridos por 31%. Os mais bem vistos são os chefes de analistas e trainees, com rejeição de apenas 20%.

Segundo a pesquisa, a maioria dos consultados (56%) não recomendaria ou não sabe se recomendaria algum amigo a trabalhar com seu chefe. "Esse dado revela que a maior parte dos funcionários não quer que outro profissional que ele conheça passe pela mesma experiência que ele. É mais um indicador de saturação com o modelo de gestão adotado por esse tipo de chefe", diz Lago.

A RELAÇÃO PATRÃO X EMPREGADO

O clima quando o chefe chega ao trabalho também não costuma ser muito bom. 37% dos entrevistados afirmaram que o tempo fecha; 32% associaram a um campo de batalha; 17% disseram que é só alegria e 14% contaram que é o paraíso.

"Mais da metade associa o impacto da chegada do chefe a uma tragédia ou algo parecido. É um indicador de clima fundamental e que deve ser avaliado com cuidado pelas empresas e por chefes que não têm proximidade ou afinidade com sua equipe", afirma a coordenadora.

 

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