Guia mostra burocracia brasileira para estrangeiros
GABRIELA TERENZI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O jornalista britânico Mark Hillary lançou, há duas semanas, o livro "Reality Check: Life in Brazil Through the Eyes of a Foreigner" (vida no Brasil ao olhar de um estrangeiro), à venda na Amazon por R$ 3,99 (Edição Kindle). A obra conta a experiência da mudança do autor para o Brasil no final de 2010. Veja alguns trechos da entrevista.
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Folha - Quais são as maiores dificuldades para um estrangeiro que vem trabalhar no Brasil?
Mark Hillary - Além da língua, a burocracia. É difícil conseguir um trabalho sem vir ao país primeiro, com visto de turista. Você garante o emprego, volta ao país de origem e retorna com a autorização de trabalho. É um procedimento complicado.
A burocracia para trabalhar no Brasil é maior que em outros países?
Certamente. Outros países facilitam muito a entrada de mão de obra estrangeira qualificada. O melhor exemplo é a Austrália. Eles definem critérios, como graduação, mestrado e experiência no mercado, e atribuem pontuações. Se você atinge uma pontuação suficiente, pode trabalhar lá. É bastante fácil se inscrever.
Que tipo de experiência o senhor conta no livro?
Lidar com órgãos públicos como a Polícia Federal, por exemplo, é muito difícil. Eles não fornecem a informação de que você precisa. No site, há dados incorretos. Você explica isso a eles e recebe como resposta: "Não acredite no site". Explico também como comprar um imóvel. É um guia bem prático.
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