Mercado de maquetes está em alta, mas sofre com falta de profissionais
BÁRBARA LIBÓRIO
DE SÃO PAULO
Habilidade manual, bom entendimento de projetos e disposição. Segundo David Scuola, gerente-coordenador da Adhemir Fogassa Maquetes, essas devem ser as principais características de um bom maquetista.
Segundo ele, o setor, que está aquecido devido à grande demanda do mercado imobiliário, carece de profissionais. "É difícil encontrar pessoas interessadas. Muita gente que gosta de fazer maquetes apenas por hobby desiste quando vê como é fazer isso profissionalmente", explica Scuola.
Divulgação | ||
Setor de maquetes está aquecido com demanda do mercado imobiliário, mas carece de profissionais qualificados |
Léo Ramalho, dono de uma empresa carioca de maquetes que leva o seu nome, também vê dificuldade no número de profissionais no mercado. "O maquetismo é uma profissão que está crescendo, mas as pessoas ainda não sabem disso, não têm conhecimento, e não fazem ideia do dinheiro que isso dá", explica.
Na Fogassa, que confecciona mensalmente cerca de 35 maquetes com preços que podem variar de R$ 15 mil a R$ 2,5 milhões, um profissional ganha de R$ 5.000 a R$ 9.000 por mês.
ESPECIALIZAÇÃO
Ramalho e Scuola não são fizeram nenhum tipo de graduação. Ambos começaram a fazer maquetes quando crianças e entraram para o ramo na adolescência.
O primeiro abriu seu primeiro escritório aos 18 anos. O segundo começou aos 15 anos e se formou dentro da própria empresa.
"Nos cursos de graduação de arquitetura e design você até tem aulas de maquete, mas é completamente diferente do que vivemos no dia a dia, principalmente em questões de material", afirma Ramalho, que também oferece cursos para maquetistas.
Para Scuola, ainda que a faculdade ou cursos técnicos ofereçam conteúdo relevante, o ideal é procurar se especializar em empresas do setor.
Na Fogassa, um maquetista fica cerca de cinco anos em treinamento para começar a assumir projetos sozinho.
"Aqui eles passam por todas as áreas, do projeto à pintura. Recebemos gente de todas as idades, e muitos estagiários que querem se colocar no mercado", diz Scuola.
Mesmo com as desistências, ele afirma que a empresa forma cerca de cinco profissionais por ano.
+ Livraria
- Livro traz poemas curtos em japonês, inglês e português
- Conheça o livro que inspirou o filme "O Bom Gigante Amigo"
- Violência doméstica é tema de romance de Lycia Barros
- Livro apresenta princípios do aiuverda, a medicina tradicional indiana
- Ganhe ingressos para assistir "Negócio das Arábias" na compra de livro
Publicidade
Publicidade
Publicidade