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13/10/2013 - 01h00

Profissionais com MBA estão menos arrogantes, diz especialista

FELIPE MAIA
EDITOR-ADJUNTO DE "CARREIRAS"

O número de vagas para profissionais com formação em um curso de MBA cresceu 16% entre 2012 e 2013 no Brasil, de acordo com a consultoria internacional QS.

O país é o oitavo com maior demanda por esses alunos, em uma lista liderada por Índia, Estados Unidos e China. A pesquisa ouviu mais de 5.300 empresas em 42 países.

Nunzio Quacquarelli, diretor da QS, disse à Folha que isso acontece tanto porque mais empresas estrangeiras, especialmente dos setores financeiro e de consultoria, estão aumentando a operação no Brasil, quanto pela maior internacionalização das empresas brasileiras.

Pela primeira vez desde que a pesquisa é realizada, há 23 anos, as empresas se disseram satisfeitas com a capacidade de liderança dos executivos. Leia trechos da entrevista

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Folha - O que explica esse aumento de 16% na demanda por profissionais com MBA?
Nunzio Quacquarelli - O crescimento econômico é um fator, mas o principal é que mais empresas internacionais estão interessadas em abrir ou expandir operações no Brasil. Das vagas para profissionais com MBA, um terço vai para o setor bancário e outro terço vai para consultorias, e elas têm aumentado muito a presença na região. Também há mais empresas locais querendo contratar.

De acordo com a pesquisa, o salário que as multinacionais oferecem na América Latina é, em média, 20% maior que o das empresas locais. Isso tende a mudar?
O mercado internacional é muito competitivo, então as empresas multinacionais competem entre si por talentos e puxam os salários para cima. É difícil que essa diferença caia. Além disso, com a melhora da economia nos Estados Unidos e na Europa, vai haver pressão nos salários.

O relatório indica que, pela primeira vez, a capacidade de liderança dos graduados em MBAs teve uma nota compatível com a expectativa das empresas. Qual o motivo disso?
É resultado do trabalho das escolas de negócios na última década. Têm sido dada muita ênfase ao treinamento da liderança. Além disso, os profissionais com MBA estão menos arrogantes. Essa era uma crítica muito forte no mercado, com a percepção de que as pessoas chegavam ao mercado achando que sabiam tudo. Com o foco maior na liderança, isso vem mudando: eles estão aprendendo a ser mais humildes.

Isso é efeito do currículo das escolas ou a característica de uma nova geração?
Com base em fatos, eu não sei se o perfil do aluno mudou ou não. Eu suspeito que isso seja resultado direto do currículo. Há mais espaço para conteúdos como ética corporativa e responsabilidade social, o que muda um pouco a visão desses jovens.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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