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07/04/2014 - 16h04

Troca de executivos com desempenho ruim motiva 35% das contratações

DE SÃO PAULO

Mais de um terço (35%) das contratações de executivos de alto escalão no ano passado foi motivada pela substituição de profissionais com desempenho abaixo do esperado. É o que indica uma pesquisa da empresa de recrutamento Page Executive, que se concentra na contratação de diretores e presidentes.

O motivo só perde para a criação de novas vagas nas companhias, responsável por 37% das contratações.

"Vimos que, principalmente no segundo semestre de 2013, as empresas de maior porte fizeram muitas substituições por desempenho. Isso não significa que o executivo tenha tido feito um mau trabalho sozinho, mas que as empresas também tiveram resultados abaixo do esperado", afirma Fernando Andraus, diretor da Page Executive.

Segundo ele, os movimentos de expansão ainda continuam fortes em empresas de médio porte de mercados menos consolidados.

Os processos de reorganização interna em companhias correspondem a 19% das contratações, enquanto alterações societárias e criação de novas empresas representam 5% e 4% das novas oportunidades, respectivamente.

"Em anos anteriores, trabalhamos muito em projetos de expansão e criação de empresas e vindas de multinacionais. A nossa base de clientes chegou a ser 25% composta por start-ups", diz Andraus.

Segundo ele, isso vai de encontro ao momento vivido pelo país. "O apetite das empresas pelo Brasil está menor."

REMUNERAÇÃO

O levantamento mostra que, na mudança de emprego no ano passado, os executivos do alto escalão tiveram aumento médio de 15% no salário fixo em relação a 2012. Já a expectativa de aumento no bônus (remuneração variável), foi de 25%.

"Vimos que na maioria (62%) dos processos liderados pela consultoria, o executivo que assume um cargo em uma companhia chega ganhando menos do que o profissional que ocupava a posição anteriormente", explica Andraus.

EXPECTATIVAS

Segundo o diretor, existe um mau humor dos empresários e executivos com o Brasil em 2014, principalmente por conta da insegurança política do ano eleitoral.

"O que prevemos é que será um ano em que o volume de transações de fusões e aquisições será grande. Há muito dinheiro no mercado que foi captado mas ainda não foi usado."

Ele afirma que há um certo pessimismo para 2015. "Ainda assim, não podemos reclamar de falta de trabalho. Há muita demanda no mercado", afirma Andraus.

 

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