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08/06/2014 - 03h15

Profissionais híbridos são os mais buscados por agências de publicidade

RICARDO BUNDUKY
DE SÃO PAULO

Integração é a palavra de ordem para se dar bem na área de propaganda e marketing. Agências de publicidade estão procurando profissionais com experiência tanto em plataformas on-line (digitais) quanto nas off-line (televisão, jornais e revistas).

Segundo pesquisa do IAB (Interactive Advertising Bureau), a compra de mídia na internet atingiu R$ 5,75 bilhões em 2013 no Brasil, ficando atrás apenas da televisão. A estimativa para 2014 é que a internet atraia R$ 7 bilhões em propaganda.

"Não existe mais um profissional que cuide somente de criação, de planejamento ou de atendimento aos clientes. Ele precisa conhecer o todo para desenvolver propostas alternativas para o cliente", diz Luciana Bonaldo, coordenadora na Universidade Anhembi Morumbi.

Editoria de Arte/Folhapress

Análise de quatro pesquisas agency Scope, feitas entre 2006 e 2012 pelo Grupo Consultores, aponta que clientes buscam nas agências profissionais de criação cujas ideias nasçam integradas. Outra demanda é por melhorias no desempenho estratégico das agências, tanto nas áreas de planejamento quanto no atendimento.

Nesse cenário, são valorizados profissionais "híbridos", como Guiga Giacomo, 35, diretor de criação da agência Ogilvy & Mather, que tem formação acadêmica em design gráfico e digital, tendo atuado também em empresas off-line.

"Outras agências ficaram interessadas em ter um cara que chuta com as duas pernas", afirma. Sua equipe recentemente produziu uma campanha sobre a Copa do Mundo para uma operadora de celular que inclui vídeo na televisão e "ressuscita" Nelson Rodrigues na internet, em posts sobre futebol.

Newton Santos/Folhapress
Guilherme Giácomo, 35, é diretor de criação da agência Ogilvy
Guiga Giácomo, 35, é diretor de criação da agência Ogilvy

Agências ouvidas pela Folha apontaram que profissionais com habilidades específicas, como o ilustrador ou o produtor gráfico, passam por uma queda na procura, embora essas funções não tenham sido extintas.
"Existe ainda um grande mercado. Muitos imaginavam que, com o crescimento dos meios digitais, a parte impressa teria uma perda, mas até o momento isso não se concretizou", diz Bonaldo.

As empresas também destacaram a alta demanda por profissionais de BI ("business intelligence"), já que as mídias digitais possibilitam uma mensuração detalhada dos resultados.

"O papel dele é olhar para os dados de vendas e de acessos e propor melhorias para o ambiente on-line. O que está provocando esses resultados? A arquitetura do site? Está demorando para carregar?", explica Sthefan Berwanger, professor da ESPM.

 

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