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15/06/2014 - 03h05

Empresário promove cruzada contra a fofoca nas empresas

ISABEL KOPSCHITZ
DE SÃO PAULO

Na empresa de relações públicas Empower, de Chicago, um funcionário só é contratado se concordar com a política de veto à fofoca no ambiente do trabalho. A orientação faz parte da cruzada que o executivo Sam Chapman, presidente da companhia e autor do livro "Empresa Livre de Fofoca" (editora Faro Editorial), faz contra os cochichos maldosos.

Ele defende a extinção do que classifica como "apunhalada pelas costas". Para Chapman, o mexerico não é lucrativo. Leia trechos da entrevista com o executivo.

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Folha - Por que o senhor decidiu escrever um livro sobre fofoca no ambiente corporativo?
Sam Chapman - Tive a experiência de lidar com a fofoca dentro da minha empresa. Já perdi clientes e funcionários. E decidi acabar com isso. É a maior reclamação dos funcionários. Aqui, ninguém pode criticar alguém que não esteja presente.

Como esse comportamento afeta o dia a dia do trabalho?
É um hábito que não é lucrativo. Pesquisas mostram que um funcionário gasta 65 horas por ano fazendo fofoca.

Divulgação
Sam Chapman, autor do livro "Empresa Livre de Fococa"
Sam Chapman, autor do livro "Empresa Livre de Fococa"

O senhor diz que, para banir a fofoca, é preciso estabelecer uma comunicação autêntica. Como isso funciona?
Isso se tornou parte da cultura da empresa. Quando os funcionários veem a fofoca acontecendo, avisam e conversam. Eu mesmo chamo a atenção até de clientes quando um deles fala mal de um funcionário meu. A maioria fica constrangida e pede desculpas. No mundo dos negócios, as pessoas valorizam o que realmente pensamos. Então por que mentir, dissimular? Estar do lado da verdade é estar na zona mais lucrativa.

Há quem defenda que a fofoca é parte da natureza humana e, portanto, natural.
Existem vários comportamentos negativos da natureza humana que não têm espaço no ambiente de trabalho. E a fofoca é um deles. Quando entrevisto alguém para a minha empresa, sempre abordo o tema. Só chamo quem está interessado em trabalhar, não em fofocar.

Você acha que outras organizações poderiam aproveitar seu método?
Acredito que líderes de empresas, escolas e governos deveriam procurar fazê-lo. O maior problema é que muitos dos líderes são os maiores fofoqueiros. E, se você tem um gestor fofoqueiro, a organização também será assim.

 

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