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19/10/2014 - 02h00

Universidades dos EUA criam MBAs de um ano

DO "NEW YORK TIMES"

Mais comuns na Europa, cursos de MBA com um ano de duração começam a ganhar força nos Estados Unidos. Os estudantes estão cada vez mais preocupados com tempo e custo.

Donato Wilkins iniciou um programa desse tipo na Escola de Negócios Goizueta, da Universidade Emory, em maio de 2013. Já está a caminho de um novo emprego no departamento de fusões e aquisições da PWC.

"Fiz as contas, e o retorno sobre o investimento em um programa de um ano era muito mais alto do que em um programa de dois", diz Wilkins. Ele havia trabalhado por três anos nas áreas de finanças da Xerox e da Newell Rubbermaid, mas queria encontrar espaço em um ramo financeiro mais empolgante.

Ele diz acreditar que "o benefício é exatamente o mesmo de um curso de dois anos: os mesmos professores, a mesma comunidade, a rede de contatos e a marca da Goizueta –em menos tempo e por menos dinheiro".

As matrículas do programa de um ano subiram em 26% na instituição em 2014 em relação ao ano passado A Universidade Cornell iniciou seu programa de MBA de um ano com o maior número de inscritos em seu campus de Ithaca, recentemente, e desenvolveu um novo programa com foco na economia digital globalizada para a Cornell Tech, em Nova York.

A duração do programa se torna preocupação quando o objetivo é criar um curso para o pessoal de tecnologia, afirma Douglas Stayman, diretor associado de programas de MBA na universidade.

"A economia da tecnologia se movimenta rapidamente, e se as pessoas ficarem muito tempo fora dela, pode ser problema", conta.

O programa de MBA de um ano de duração custa cerca de US$ 93 mil, ante US$ 116 mil para o de dois anos.

O GMAC, uma organização de escolas de negócio, calcula que neste ano haja 189 programas com um ano de duração em funcionamento, contra 173 quatro anos atrás, e 55% deles reportaram crescimento no número de inscrições em 2014.

Os defensores desse modelo dizem que um ano basta para estudantes que já tenham fortes capacidades quantitativas ou analíticas.

Tipicamente, os cursos começam em maio, e encaixam quase um ano de aulas básicas de administração em apenas quatro meses.

Em setembro, os estudantes começam a seguir a mesma agenda dos colegas que estão fazendo cursos de dois anos, escolhendo optativas e aderindo a clubes culturais e setoriais (o que é essencial para criar uma rede de contatos), participando de trabalhos competitivos sobre casos de mercado e realizando entrevistas de trabalho.

Os estudantes nos dois programas se formam juntos como uma só classe, com o mesmo diploma, em maio do ano seguinte.

Aceitação

De acordo com o GMAC em sua pesquisa com alunos de MBA de 2013, a porcentagem de alunos de cursos de um ano que receberam ofertas de emprego até março (53%) ficava abaixo dos 61% registrados pelos alunos de cursos de dois anos. Além disso, enquanto os alunos com curso de um ano reportam avanço de renda de 70% ante sua faixa salarial anterior ao MBA, os de cursos de dois anos registram 79% de alta.

Escolas de elite de administração de empresas, como Harvard, Stanford e Wharton, não oferecem cursos de MBA de um ano.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

 

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