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26/10/2014 - 02h53

Na hora de pedir aumento, esqueça argumentos pessoais; veja oito dicas

ANDRÉ CABETTE FÁBIO
DE SÃO PAULO

Pedir aumento de salário pode ser importante não só pelo ganho financeiro mas também para mostrar ao chefe que se está interessado em crescer. Mas muitos profissionais não têm o costume.

Editoria de Arte/Folhapress
Pesquisa aumento
Pesquisa aumento

De acordo com uma pesquisa da SurveyMonkey, realizada pela internet a pedido da Folha, 49,7% dos 588 pesquisados nunca pediram aumento. Desses, 33,45% preferem esperar uma iniciativa da empresa nesse sentido.

Isso é um erro, avalia Ana Vieira, sócia-diretora da BR Talent, de recursos humanos. Hoje, é o profissional que responde por sua carreira, e não a empresa ou o chefe.

Para ela, um funcionário deve pedir aumento sempre que avaliar que ganha menos do que deveria.

Segundo Álvaro Modernell, especialista em educação financeira, quem se acomoda e não busca um salário melhor perde oportunidades para colegas com qualificação igual e que se mostram mais para a chefia.

Essa chance perdida pode representar uma diferença de remuneração por dez, 15, 20 anos, avalia.
Thaís, 27, trabalha há três anos como secretária num consulado. Ela diz que nunca pediu aumento por receber ajustes em torno de 6% anualmente.

Sei que ganho a média do mercado, mas deveria ser menos tímida e ter mais cara de pau, diz. Ela conta que pensa em pedir um ajuste em novembro, quando os funcionários são avaliados.

Lourdes Scalabrin, diretora do Grupo Empreza, concorda que avaliações são boas brechas para fazer o pedido.

Épocas de crise, apesar de não serem ideais, não devem ser descartadas. Se você mostra interesse em crescer, o gestor pode acenar com benefícios ou lembrar de você quando houver uma vaga interessante, diz.

Vieira, da BR Talent, diz que antes de pedir aumento é preciso avaliar o próprio desempenho e pesar se o salário está abaixo da média de empresas de porte similar.

O Grupo Employer de Recursos Humanos lançou no começo do mês o Portal Quero Aumento, que ajuda a fazer esse cálculo por região. O site usa como base 6 milhões de currículos.

O funcionário deve sempre usar argumentos profissionais. Problemas com a prestação da casa própria ou a faculdade do filho devem ficar longe da conversa.

Comparações com os colegas são o que há de pior, diz Scalabrin. Listas de realizações e números de vendas são bons argumentos.

Se receber uma negativa, agradeça pela atenção, pergunte o que está acontecendo e o que fazer para chegar onde quer, recomenda Rodrigo Vianna, diretor-executivo da recrutadora Talenses.

Editoria de Arte/Folhapress
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