Mulheres obesas têm salários menores; problema não afeta os homens

Mulheres obesas têm chances reduzidas no mercado de trabalho, mas o mesmo não se aplica a homens na mesma situação, aponta o estudo Características Ocupacionais e a Penalidade Salarial sobre a Obesidade, feito pela Vanderbilt Law School, nos Estados Unidos.

Elas têm uma tendência menor de chegar a cargos com altos salários e que incluem a interação com clientes. Apesar de estar acima do peso, tendem a trabalhar em áreas que exigem mais fisicamente e pagam menos.

"As mulheres mais pesadas do mercado de trabalho são as com a menor probabilidade de trabalhar em ocupações de interação pessoal", disse a professora-assistente Jennifer Shinall, autora do estudo.

As que trabalham nesse tipo de ocupação, que inclui vendedoras, recepcionistas e contato com clientes, costumam receber um salário 5% abaixo do que o de uma mulher que não está acima do peso.

Por outro lado, mulheres morbidamente obesas são as que têm a maior probabilidade de trabalhar em atividades que exigem mais fisicamente, como assistentes de enfermagem, cozinheiras e babás.

Em qualquer tipo de ocupação, ganham menos do que mulheres que não estão acima do peso. O mesmo não se repete entre os homens, que não sofrem com esse fator.

"Não importa o tipo de ocupação, homens obesos parecem se sair tão bem quanto homens de tamanho médio. Eles fazem o mesmo tipo de coisas que homens não-obesos e ganham tanto quanto, seja em ocupações que envolvem interação pessoal ou exigem fisicamente. Mas não vemos o mesmo padrão para as mulheres", diz Shinall.

Mesmo quando se leva em consideração diferenças no nível educacional e socioeconômico, o estudo não aponta nenhum cenário em que estar acima do peso conta como uma vantagem para as mulheres.