CEOs ficam menos tempo no cargo
ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O tempo de permanência de CEOs no cargo vem diminuindo na última década. Pesquisa feita pela consultoria Strategy& com as 2.500 maiores companhias abertas do mundo, mostra que, no Brasil, o tempo médio de permanência de um presidente no cargo era 20 anos em 2009 e caiu para 9,75 anos em 2013. No mundo, o tempo médio é de cinco anos. Diante dessa realidade, cabe a pergunta: cheguei ao cargo máximo da minha empresa com menos de 40 anos, e agora?
Na avaliação de Fernando Andraus, diretor-executivo da recrutadora Page Executive, esses jovens CEOs não precisam se preocupar. "Depois ele pode ser um CEO em uma empresa maior, ou, quem sabe, virar conselheiro, consultor ou até mesmo investidor", afirma, destacando que, aos 40 anos, um profissional ainda tem cerca de 25 anos de carreira pela frente. Andraus informa que, quando busca preencher um cargo de presidente, as empresas de RH tendem a buscar profissionais que já tiveram antes essa experiência.
Karime Xavier/Folhapress | ||
Marcos Leite, 31, presidente da OLX |
Marcos Leite, 31, presidente da OLX, afirma que já se perguntou se chegou à presidência muito cedo e se estaria perdendo algo. Ele assumiu o cargo este ano. Mas, como ele avalia que os CEOs costumam ter uma visão global, ele diz acreditar que futuramente terá oportunidades de presidir empresas maiores, talvez dentro do mesmo grupo.
Para a professora da FGV, Denise Poiani Delboni, hoje os CEOs têm mais amplas possibilidades de um futuro de sucesso. Como muitos presidentes de empresas constroem sua carreira fazendo um zigue zague e passando por diferentes setores, há mais possibilidades de eles se recolocarem sem maiores problemas.
"Existe hoje uma interação maior entre os segmentos, seja pela parceria em produtos, pelo perfil do consumidor ou pelo desenvolvimento de novas ideias", diz. Segundo ela, por conta dessa maior interação, é possível ter um CEO do varejo sendo contratado como presidente na indústria farmacêutica. "No passado não era assim. Como as pessoas entendiam apenas de um único setor da economia, era menor a chance de ele mudar de segmento."
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