Ex-estrela da NBA, Shaquille O'Neal ganha US$ 21 mi com produtos licenciados

Shaquille O'Neal chegou aos estúdios Turner na manhã de um dia de trabalho vestindo um terno extragrande e carregando uma maleta de couro. Sentou-se a uma mesa, abriu seu computador e começou a se preparar para um seminário sobre um tema muito familiar para ele: Shaquille O'Neal.

A ocasião era o terceiro Shaq Summit, um encontro de representantes das diversas empresas ligadas a O'Neal's –um grupo que incluí o presidente da Zales (O'Neal tem uma linha de joias para homens) e executivos da Arizona Beverages (O'Neal tem um novo suco de fruta). Um por um eles apresentaram suas campanhas e seus produtos e detalharam como O'Neal, a ex-estrela da NBA, enquadrava-se nos planos.

"Nós queremos ver se podemos criar um pouco de sinergia sob o guarda-chuva de Shaq", O'Neal disse.

	Erik S. Lesser/Efe
	O ex-jogador de basquete Shaquille O'Neal

Usando seu tamanho de desenho animado e sua personalidade divertida, O'Neal foi um mestre na arte de se promover desde o início da carreira. Se por um lado isso fez com que ele fosse visto em alguns momentos como alguém sem paixão na quadra como alguns esperavam, por outro seus interesses fora dela ainda rendem bastante.

O'Neal, 42, ganhou mais de US$ 21 milhões no ano passado por meio de suas diversas parcerias de negócios e seu trabalho na TV, de acordo com sua equipe. Enquanto outros atletas aposentados ganham mais –Michael Jordan recebeu US$ 90 milhões no ano passado, segundo pesquisa da "Forbes"–, poucos podem competir com o volume e a variedade dos produtos de O'Neal. Representantes de 19 companhias apareceram no Shaq Summit.

O'Neal sabe que isso pode parecer uma superexposição, mas afirma que rejeita diversas companhias. Seu nome apoia só coisas das quais ele gosta, afirma. Itens como as suas mochilas Dunkman. E suas pantufas Capelli, que serão lançadas em breve. E os quatro sabores de Soda Shaq (um tipo de refrigerante).

Nem tudo o que O'Neal faz é um sucesso instantâneo. Há seu infeliz experimento como artista de rap. Seu filme "Kazaam", de 1996, não é exatamente um material de Oscar. Recentemente, as vendas da Soda Shaq diminuíram.

"Shaq quer se envolver", afirma Ian Gomar. Como presidente da Shaquille O'Neal Consumer Properties, ele cuida de todos os acordos de licenças do ex-jogador.

"Eu trabalhei com muitos atletas e a beleza dele é que, se eu falar olha, eu preciso de você na terça-feira às 9h da manhã no Walmart para uma promoção', ele vai aparecer às 8h30."

O encontro de negócios foi a ideia da equipe de O'Neal. O objetivo era procurar uma forma de maximizar a marca do ex-jogador.

Enquanto grandes empresas costumam fazer eventos semelhantes para seus parceiros corporativos, isso não é comum para indivíduos. Mas O'Neal é um pouco diferente. "Eu costumava ter que viajar para todo lugar e me encontrar com todo o mundo", ele diz. "Agora posso ter todo o mundo no mesmo barco."

Um temido pivô de 2,16 metros, 15 vezes escolhido para o jogo das estrelas durante sua carreira, O'Neal começou a pensar nos negócios quando era adolescente. Seu pai lhe deu um livro que detalhava alguns dos desafios que atletas tinham para administrar o dinheiro.

"Meus pais fizeram um tremendo trabalho me assustando", conta.