Brasileiros são campeões em ler e-mails durante reuniões, diz pesquisa
DE SÃO PAULO
O Brasil é líder em ler e responder e-mails pessoais ou de trabalho durante reuniões. Para 57% de cem diretores de recursos humanos entrevistados no país essa é uma prática "muito comum" entre os profissionais.
A pesquisa foi feita em dez países pela companhia de recrutamento Robert Half. O Brasil fica à frente de Chile e Reino Unido, onde 42% e 30% dos diretores observam o comportamento, respectivamente. Foram ouvidos 1.475 diretores de recursos humanos.
"Ainda que seja comum, é uma atitude muito deselegante com os participantes da reunião. O desvio de atenção ainda pode comprometer a compreensão de algum dado relevante", diz, em nota, Fernando Mantovani, diretor da Robert Half.
Zé Carlos Barretta/Folhapress | ||
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Marcio Oliveira, presidente da Lew'Lara\TBWA, perto do totem instalado na sala de reuniões da agência |
Há algumas empresas que tentam contornar o problema. Em agosto, a Folha mostrou que a agência de publicidade Lew'Lara\TBWA, de São Paulo, instalou um "totem anticelular" ao lado das salas de reunião para evitar que as pessoas usem o aparelho durante o encontro.
Funcionários e clientes da agência podem depositar seus telefones no recipiente e colocá-los para carregar. Também podem deixá-los na recepção, onde a recepcionista atende as chamadas e anota os recados.
"O cliente ou funcionário recebe mais atenção e a reunião se torna mais objetiva e mais curta. Todo mundo quer ir embora logo para ver o celular", afirmou Marcio Oliveira, 41, presidente da agência.
O estudo aponta também que 45% dos gestores brasileiros aceitam a prática em casos de mensagens urgentes, e 30% quando o colaborador não estiver envolvido com o assunto em pauta.
Outros são mais radicais. Para 13%, o funcionário deve se retirar no momento em que for ler o e-mail e, para 12%, o acesso aos e-mails deve ser desligado durante as reuniões.
Veja abaixo a lista completa com o percentual dos diretores de recursos humanos que julgam a prática de ler e-mails em reuniões "muito comum".
- Brasil (57%)
- Chile (42%)
- Reino Unido (30%)
- Emirados Árabes (27%)
- Suíça (20%)
- França (19%)
- Bélgica (18%)
- Alemanha (17%)
- Áustria (16%)
- Holanda (15%)
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