Empresas investem em cursos especializados para funcionários
FERNANDA PERRIN
DE SÃO PAULO
Empresas estão investindo na capacitação técnica e de gestão de seus profissionais criando universidades corporativas –estrutura especializada em desenvolver treinamentos em áreas sensíveis para o negócio.
Segundo pesquisa inédita da Deloitte feita com 126 empresas no Brasil, 28% delas possuem universidades corporativas e 28% das que não possuem pretendem criá-las em até dois anos.
A prática tende a crescer porque é mais flexível, em termos de carga horária, e focada, em termos de conteúdo, do que um MBA tradicional, segundo Marcos Braga, diretor da Deloitte Educação.
"A empresa mapeia as suas necessidades e consegue montar currículos sob medida e com investimento normalmente menor."
O Grupo Algar criou em 1998 a UniAlgar, que oferece cursos que vão de cultura corporativa a áreas como estratégia e inovação.
Segundo a empresa, desde a sua criação, mais de 20 mil funcionários já passaram por programas presenciais.
João Henrique Pereira, 39, entrou na empresa como estagiário, em 1994. Hoje ele participa de um programa para preparar executivos para assumir cargos de presidência e vice-presidência.
"Os treinamentos são para complementar competências exigidas para o cargo que ocuparão no futuro", diz.
A efetividade da capacitação é avaliada por pesquisas de clima e feedback, mas outros indicadores também são considerados. A empresa destaca, por exemplo, o baixo número de demissões na área de call centers: entre 4% e 6% ao ano, enquanto a média no mercado é de 14%.
As universidades corporativas são mais comuns em grandes empresas. Mas, de acordo com o estudo da Deloitte, cada vez mais empresas menores investem em educação.
As empresas de médio porte são as que investem a maior parcela de seu faturamento na área (0,72%).
CULTURA COMUM
Na InBrands, grupo de moda que controla 11 marcas –como Ellus, VR e Salinas–, a chamada Academia do Varejo foi um meio de uniformizar e capacitar os funcionários das lojas em técnicas de venda e comunicação.
Ricardo Mondevaim, 27, há dez anos no ramo de varejo, iniciou o curso como vendedor da VR. Pouco depois de concluí-lo com notas altas, foi promovido a gerente.
"Quem trabalha em shopping fica com uma visão muito restrita só da loja. Quando a empresa se abre para mostrar a matriz e as outras marcas, você valoriza mais e percebe que tem um negócio grande em que você pode crescer", afirma.
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