Jornadas de até 17 horas rendem processo de R$ 5 milhões contra Ambev
FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO
A Ambev (Companhia de Bebidas das Américas) foi processada pelo Ministério Público do Trabalho em Santos (SP) sob a acusação de obrigar seus empregados a fazerem horas extras constantes, com jornadas de até 17 horas diárias. De acordo com a legislação trabalhista, a jornada deve ser de, no máximo, dez horas (oito horas regulares e mais duas horas extras diárias).
Em nota, o Ministério Público do Trabalho afirma que começou a investigar a empresa em 2014, depois de receber uma denúncia anônima.
Os procuradores tiveram acesso a cartões de ponto de abril, maio, junho, julho e agosto do ano passado, entregues pela própria empresa. Neles, segundo o ministério, havia provas de que funcionários da Ambev trabalharam de 15 a 17 horas em um centro de distribuição da empresa no Guarujá, na Baixada Santista.
Ainda segundo a nota do Ministério Público do Trabalho, a Ambev recebeu uma proposta de acordo para corrigir os horários de trabalho dos empregados, mas não aceitou.
O órgão agora entrou com ação para que as jornadas não ultrapassem as 10 horas e pede R$ 5 milhões em pagamento por danos morais.
RESPOSTA
Procurada, a empresa enviou uma nota em que afirma que ainda não foi oficialmente notificada e por isso não pode comentar a ação.
Ela acrescentou que conta com mais de 36 mil empregados no Brasil e que "cumpre com todas as leis trabalhistas e preza pelo respeito aos seus funcionários". A empresa também chama atenção aos "inúmeros prêmios de gestão de pessoas que recebe a cada ano", que seriam um reflexo de um bom ambiente de trabalho.
+ Livraria
- Livro traz poemas curtos em japonês, inglês e português
- Conheça o livro que inspirou o filme "O Bom Gigante Amigo"
- Violência doméstica é tema de romance de Lycia Barros
- Livro apresenta princípios do aiuverda, a medicina tradicional indiana
- Ganhe ingressos para assistir "Negócio das Arábias" na compra de livro
Publicidade
Publicidade
Publicidade