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05/07/2015 - 02h00

'Carreira em W' é opção que reúne perfil técnico a cargo de gestão

ADRIANA FONSECA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A carreira em Y, em que o profissional pode crescer na hierarquia corporativa optando por um cargo de gerência ou mantendo-se técnico, existe na Embraco há mais de 20 anos. Mas, recentemente, a empresa viu a necessidade de oferecer mais uma possibilidade a seus funcionários.

Eduardo Anizelli/Folhapress
Roberta Bonamigo, da Promom
Roberta Bonamigo, da Promom

"Percebemos que havia um público que não se encaixava nem na carreira tradicional, que leva a cargos de gestão, nem na trilha técnica", diz Daniele Fonseca, diretora de RH da fabricante de compressores Embraco.

O público a que Fonseca se refere são profissionais que trabalham com gestão de projetos, normalmente muito bons tecnicamente, mas que também precisam desenvolver competências de gestão.

A Embraco, então, colocou mais uma "perna" no Y e passou a oferecer a carreira em W, que dá três caminhos de crescimento ao empregado.

A implementação aconteceu globalmente há cerca de um ano e meio. Hoje, há 2.216 funcionários inseridos nessa forma de crescimento.

Quem opta pela nova gestão de projetos consegue evoluir até a gerência sênior, um nível antes do cargo de diretor na carreira tradicional. "Depois, a empresa entende que é preciso ter habilidades muito específicas, aí o profissional opta pelo técnico ou pela gestão."

A carreira em W surgiu, segundo Danilca Galdini, diretora da Nextview People, do grupo DMRH, em empresas de tecnologia e consultorias, mas já começa a se espalhar para outros setores.

"É importante que as empresas tenham flexibilidade e ofereçam um leque amplo de possibilidades de carreira aos seus funcionários, como os cargos de gestão para quem quer ser chefe e a carreira em W ou em Y para quem não quer administrar equipes", diz Galdini.

Na Promon Engenharia, a opção pela carreira em W é exclusiva dos engenheiros, que representam cerca de 70% dos 700 funcionários da companhia. Há pouco mais de um ano foi criada a carreira técnico-gerencial, em que o profissional continua em sua área inicial da engenharia e vira gestor de projetos dentro dessa disciplina.

"Costumamos dizer que é um gerente de assuntos e não de pessoas", diz Roberta Bonamigo, gerente de recursos humanos da empresa.

Tanto na Promon Engenharia quanto na Embraco, a opção de carreira a ser seguida ocorre quando o profissional está no nível de analista.

"É nessa etapa que o funcionário está no 'pool' de talentos. Depois de vivenciar algumas experiências, ele decide se quer ser líder, seguir a carreira técnica ou trabalhar com gestão de projetos", explica Galdini.

Segundo ela, a decisão ocorre naturalmente. "A escolha por uma das três pernas da carreira surge a partir de uma conciliação dos interesses do funcionário e da empresa."

 

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