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26/07/2015 - 01h05

Pesquisa global mostra que chance de aumento real neste ano é pequena

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

A maioria das empresas brasileiras deve dar aumento salarial neste ano, mas em apenas 8% dos casos esses ganhos devem superar a inflação -portanto, na prática, não deve haver ganho real de remuneração em 2015.

Esse é um dos resultados da pesquisa da consultoria Grant Thornton, que colhe dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e em outros 35 países.

O país está entre os dez em que há menos chance de aumento real de salário, perto da Grécia (onde 6% das empresas devem conceder ganhos de remuneração).

Editoria de Arte/Folhapress

Segundo Daniel Maranhão, sócio da consultoria no Brasil, o número pouco favorável deve piorar.

Mas ele aponta que alguns segmentos ainda estão indo bem, como o de jogos, o de saúde e o de alimentos de menor valor, como legumes.

Outro setor que tem bons resultados é o de seguros, diz Renata Sabrini, da consultoria Plongê.

Ela afirma que conseguir um aumento real neste ano será mais difícil, mas que, para os empregados interessados em ganhar mais, a receita não é diferente de outros anos: fazer mais do que apenas o que os chefes esperam.

"Quem quer uma remuneração diferenciada precisa exceder o que se espera e estar antenado", diz.

FATURAMENTO

Jorge Ruivo, presidente da consultoria Wiabiliza, afirma que um dos fatores que contribuem para a queda do rendimento dos profissionais de nível gerencial para cima é que parte significativa da remuneração é variável, ou seja, é maior de acordo com o desempenho da empresa e do funcionário.

Ele diz que essa política deve ser mantida para amenizar as perdas do negócio. "Se o empresário conseguir diminuir o tamanho da queda do faturamento, ele já teve um resultado positivo. E a remuneração variável pode servir para salvar uma situação na qual o prejuízo seria maior."

A pesquisa também perguntou se está nos planos das empresas contratar durante os próximos 12 meses, e a porcentagem nunca esteve tão baixa -chegou a 1%. Na Grécia, ela é de 16 %.

A economista Lucia Garcia, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), diz que há pouco que as empresas possam fazer para reverter o cenário e atribui as condições ruins a "decisões políticas e econômicas em escala nacional e internacional".

Garcia prevê que o quadro pouco favorável irá ser revertido no ano que vem.

 

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