Pesquisa com cargos operacionais aponta risco de alta rotatividade
DE SÃO PAULO
Quase metade (42%) dos profissionais situados na base de uma organização, como operários, pedreiros e auxiliares de escritório, planejam permanecer no máximo três anos no emprego atual.
Nessa parcela, 8% ainda dizem que, se recebessem uma boa oferta, deixariam o emprego imediatamente.
Os números são apontados por um levantamento realizado pela consultoria de engajamento Santo Caos, entre fevereiro e abril de 2015.
Na pesquisa, foram entrevistados 250 profissionais da Grande São Paulo que atuam nas áreas de varejo, serviços, construção civil e indústria (que incluiu os setores financeiro e de petroquímica).
As respostas podem indicar alta rotatividade de empregados, movimento prejudicial para os negócios, pois causa perda de qualidade e gastos com treinamento.
Apesar da intenção de se desligar da empresa no médio prazo, os funcionários deram notas altas para sua satisfação no trabalho.
Daniel Santa Cruz, sócio-diretor da Santo Caos, ressalta que um empregado satisfeito não é necessariamente fiel ou engajado na empresa.
"De maneira racional, alguém pode estar satisfeito com as condições do trabalho, mas desmotivado pelo clima organizacional ruim e falta de reconhecimento", afirma o pesquisador.
Os funcionários apontam fatores tradicionais, como boa remuneração e estabilidade, como os mais importantes no trabalho, com 22% e 21% das respostas.
No entanto, o pesquisador destaca que, em muitas companhias, os únicos esforços para reter e manter satisfeitos os funcionários em cargos operacionais são um salário compatível e benefícios, o que pode ser insuficiente para gerar engajamento.
Santa Cruz defende que estratégias de retenção de funcionários mais sofisticadas, normalmente usadas apenas para posições de gerência, devem ser aplicadas também a cargos da base.
Ele lista fatores motivacionais como reconhecer boas ações, oferecer um plano de carreira e ter horários flexíveis como boas medidas para evitar perder empregados.
Outro ponto que pode ajudar é a formação dos chefes. "Muitas vezes uma pessoa tem um bom perfil técnico, mas é preciso treinamento para que seja um bom líder", diz.
Colaborou GABRIELA STOCCO
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