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25/08/2015 - 11h31

Líder deve moldar o futuro e não apenas gerenciá-lo, diz dono de escola holandesa

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Líderes não devem gerenciar o futuro. Eles precisam moldá-lo a partir de sua visão e criatividade. A opinião é de Bas Verhart, fundador da escola de negócios holandesa THNK, com cinco anos de atuação e parcerias com a prefeitura de Amsterdã, a consultoria McKinsey e a Universidade Stanford (EUA).

Em sua escola de negócios, com unidades na Holanda, Canadá e Portugal, os alunos não estudam "cases", situações vividas por empresas muito discutidas em cursos de administração. Em vez disso, a instituição, que tem como lema o desenvolvimento de lideranças criativas, incentiva os alunos a trabalharem com projetos e problemas reais, para que aprendam com as experiências.

Nesta semana, um grupo de executivos brasileiros participam de programa de três dias da escola no Brasil. A iniciativa de trazer a versão concentrada do curso é das empresas Polifonia, de cursos livres, e ProjectHub, plataforma de busca de investimento para empreendedores.

O preço da matrícula é de R$ 9.620.

Divulgação
Bas Verhart, fundador da escola de negócios holandesa THNK
Bas Verhart, fundador da escola de negócios holandesa THNK

Leia abaixo trechos de entrevista de Verhart à Folha:

Como líderes brasileiros se saem quanto à criatividade?

Bas Verhart - O que sei é que há muita criatividade no Brasil, e muita vontade de inovar. Vejo programas como o nosso sendo lançados no Brasil. Por exemplo, sei que a Singularity University [da Califórnia] tem uma participação no Brasil, o TED Global [conferência internacional] teve uma edição no Rio de Janeiro no ano passado. Esses são sinais que o país está abraçando a inovação. É possível ver que Brasil e Holanda têm isso em comum ao observar nosso futebol. Ali há paixão, criatividade, líderes talentosos. E o Brasil tem uma coisa que existe também no Vale do Silício [região da Califórnia que concentra empresas de tecnologia], o otimismo.

O Brasil está em crise. Como a criatividade pode reagir a isso?

Somos acostumados a pensar que quando um país está em crise, o espaço para inovação diminui. As pessoas ficam mais conservadoras, tentam fazer mais do que já foi feito no passado. Mas, na verdade, a crise é o período perfeito para inovar. É o momento em que são necessários novos modelos. Se você olhar para a história, muitas grandes empresas começaram em grandes crises.

Como vê o futuro do trabalho?

Trabalhar no futuro vai mudar radicalmente, por causa da automatização. Muitos empregos vão ser tomados por robôs e vamos precisar ser criadores de nossos trabalhos. Por isso, é importante que todos os líderes saibam modelar seu próprio futuro. Até para as crianças. Trabalho com meus filhos para prepará-los para serem melhores líderes no futuro.

 

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