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15/11/2015 - 01h00

Ranking de melhores CEOs inclui 4 brasileiros e aponta perfil vencedor

ANDRÉ ZARA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A revista "Harvard Business Review" divulgou em outubro os cem CEOs com melhor desempenho no mundo.

Na lista da publicação americana há quatro brasileiros: Carlos Brito, da Anheuser-Busch Inbev (16º); Roberto Egydio Setúbal, do Itaú Unibanco (24º); Carlos Ghosn, do grupo Renault-Nissan (40º); e Renato Alves Vale, da administradora de rodovias CCR (50º).

Os segmentos econômicos em que atuam os quatro profissionais são distintos, mas há algumas características comuns a essas carreiras de sucesso. "Não conheço alto executivo que tenha subido esperando oportunidades. Todos fizeram mais do que a função exigia", diz Ari Brito, professor de pós-graduação em coaching e diretor da consultoria Marca Pessoal.

O especialista lembra que os quatro CEOs brasileiros são engenheiros de formação. "Característica de engenheiro é ser organizado e disciplinado ao extremo. Além disso, eles investem quando todos recuam em suas áreas."

Marcia Vazquez, consultora da Thomas Case & Associados, concorda. "Eles são agressivos na busca de resultados e no estabelecimento das metas. Cada um em seu ambiente se assemelha aos outros no alto grau de eficiência, produtividade e qualidade, obtidos através da excelência na gestão de pessoas."

Além disso, segundo os consultores, um diferencial dos quatro CEOs é saber interagir com variados tipos de pessoas e ler o cenário da economia. "Isso faz com que o profissional consiga inspirar os demais a perseguir os objetivos da empresa, além dos individuais. Isso é fundamental para qualquer cargo de liderança", diz Vazquez.

Já Roberto Neaime, da consultoria Crowe Horwath Sudeste, observa que os quatro brasileiros são altamente capacitados e focados na operação de suas empresas. "São líderes reconhecidos pelos times, com muitos anos de carreira em suas companhias."

Entre os brasileiros eleitos, só Carlos Brito cursou MBA (Stanford,EUA). Isso está alinhado com os dados globais: apenas 26% dos CEOs do ranking têm formação executiva.

Ghosn, por exemplo, pode não ter MBA, mas entrou na Renault em 1996 como vice-presidente para o Mercosul e subiu até assumir o comando do grupo em 2005.

CEOs brasileiros têm características distintas dos de outros países, como "facilidade para lidar com diferentes culturas e se adaptar a vários cenários econômicos, cheios de adversidades", diz Neaime.

Já Ari Brito destaca a resiliência dos profissionais. "Parece clichê, mas a persistência do nosso executivo é ímpar. Não desistir jamais está no DNA do brasileiro."

 

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