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24/04/2016 - 02h00

Ler em movimento exige cautela, afirma médica

GUILHERME CELESTINO
DE SÃO PAULO

Ler um relatório de trabalho ou mesmo os e-mails corporativos no metrô ou no ônibus pode causar fadiga ocular, alerta a oftalmologista especialista em retina Maria Leticia Paccola, 40.

Saiba como usar tempo no ônibus ou metrô para diminuir seu estresse

Isso ocorre porque os olhos não têm estabilidade suficiente para fazer a leitura e precisam compensar o movimento do transporte para focar no texto. Esse esforço pode causar cansaço, dor de cabeça e dor nos olhos.

"Cada pessoa reage de uma forma. Há quem leia por horas sem sentir mal-estar, há quem não suporte nem por cinco minutos. O importante é respeitar seu limite próprio", diz Paccola.

Danilo Verpa/Folhapress
Natalia Schmidt em trajeto da sua casa ao trabalho, em São Paulo
Natalia Schmidt em trajeto da sua casa ao trabalho, em São Paulo

Ela nega, contudo, que quem lê em transporte público corre risco de ter descolamento de retina.

"As causas mais comuns de descolamento são traumas ou predisposição como grau muito alto de miopia que leva à degeneração periférica, onde a área de retina é muito fina", explica.

Há risco ainda para quem possui cinetose, conhecida como a doença do movimento. Nesses casos, ocorre uma perturbação do sistema nervoso central diante do conflito de informações entre corpo parado e o veículo em movimento. Os sintomas vão de mal-estar a desequilíbrio.

"Nesse caso, a pessoa não deve ler nem usar tablets ou mesmo assistir a filmes enquanto viaja", diz Paccola.

IDIOMAS

A gestora de marketing digital Natália Schmidt, 27, nunca teve problemas em ler no ônibus e no metrô. Ela aproveita o trajeto de 40 minutos até a consultoria Image para estudar idiomas.

Por meio dos aplicativos Duolingo (gratuito para Android e iOs) e Babbel (a partir de R$ 12 para ambos os sistemas), Schmidt reforça o inglês e aprende francês, alemão e espanhol.

"A maior parte é de exercícios para ouvir e escrever, o que faço sem problemas. Mas quando tem que falar, dá um pouco de vergonha de fazer na frente de estranhos", diz.

Ela aproveita também para ler livros de sua área e ouvir palestras ou cursos de especialistas de marketing.

Para o especialista em produtividade Christian Barbosa, 36, qualquer atividade é válida, "desde que ajude a aprimorar a carreira".

 

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