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15/05/2016 - 02h00

'Frozen' ensina importância de se admitir os fracassos, diz autor

DIEGO IWATA LIMA
DE SÃO PAULO

Em algum momento nos últimos três anos, você ouviu o refrão de "Let it Go" ("Livre estou", na versão brasileira), principal canção da trilha sonora da animação "Frozen", da Disney.

O que você talvez não saiba é que essa música só se tornou quase onipresente, e o filme só levou o Oscar na sua categoria, depois de anos de fracasso na tentativa de torná-lo ao menos palatável.

"'Frozen' só entrou nos trilhos quando a equipe aceitou, em pânico, que tudo estava errado e partiu para romper com os esquemas de sempre dos filmes de princesa", contou à Folha Charles Duhigg, autor do recém-lançado "Mais Rápido e Melhor" (editora Objetiva, R$ 49,90, 368 págs).

E foi abraçando modernos ideais feministas, com duas protagonistas mulheres e um príncipe como vilão, que a Disney colocou mais um sucesso na sua prateleira.

O novo livro de Duhigg, vencedor do Prêmio Pulitzer e autor do bem-sucedido "O Poder do Hábito", de 2012, tem nos estudos de caso o seu ponto mais alto.

As dicas e conclusões do autor sobre como agir para melhorar a produtividade são interessantes, mas ficam bem mais agradáveis de ler a partir, por exemplo, das histórias amorosas e dos conflitos do primeiro elenco do programa de comédia americano "Saturday Night Live", em 1975.

Duhhig, que é repórter do "New York Times", fez uma grande seleção de histórias. "Eu ouvi 450 pessoas em dois anos e meio", diz.

Entre os entrevistados, estão membros da equipe que fez a investigação sobre a queda do voo da Air France no trajeto entre o Rio de Janeiro e Paris, em 2009.

A tragédia aparece no capítulo em que o autor fala sobre a importância de se tentar prever problemas e soluções antes de encarar um projeto, por exemplo.

O livro pode ser reduzido a dois assuntos centrais: descentralização de poder em organizações e incentivo a abordagens inusitadas.

"A descentralização já é um conceito até antigo. O que os chefes precisam entender agora é que, além de dividir o poder, é preciso dar poder para que as pessoas arrisquem", explica.

Foi após o FBI implementar essa mentalidade que dois investigadores de baixo escalão solucionaram um sequestro de um diretor do departamento de segurança nacional americano -outro caso citado pelo autor.

Em seu blog, ao falar sobre como foi escrever o livro, Duhigg conta que, à medida que o trabalho progredia, ele mudava sua maneira de agir.

Foi assim, por exemplo, que ele entendeu que, para poder jantar com os filhos, era preciso que eles trocassem de roupa com mais rapidez pela manhã.

"Porque, se analisarmos com calma, veremos que cada minuto desperdiçado conta no fim", afirma.

 

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