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29/05/2016 - 02h00

Concursos exigem plano de estudo de longo prazo

ANNA RANGEL
DE SÃO PAULO
JULIO LAMAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Rotinas de estudo de até dez horas por dia são comuns para quem planeja passar em um concurso público.

Algumas provas, que podem ter concorrência 43 vezes maior que medicina na Fuvest, exigem preparação digna de maratona.

Nas carreiras mais concorridas, caso da magistratura e da Polícia Federal, o candidato pode passar de dois a quatro anos estudando até ser aprovado, diz Paulo Gomes, do Cers Centro de Estudos.

"Como pode demorar, a motivação ao longo da preparação é importantíssima. O concurseiro deve ter como filosofia não apenas estudar para passar, mas estudar até passar", diz Gomes.

Júlio Raizer, professor de técnicas de estudo da Alfacon Concursos, diz que o modelo que leva à aprovação é formado por 40% de motivação. "Os outros 60% são os estudos e exercícios."

Para o diretor pedagógico dos cursos preparatórios Damásio de Jesus, Darlan Barroso, o candidato deve primeiro delimitar a área em que deseja atuar.

Diego Padgurschi /Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL - 24-05-2015: Júlio Raizer, professor de técnicas de estudo e motivação da Alfacon Concursos. Cursinhos preparatórios para concursos públicos investem em profissionais especializados em coaching e motivação para orientar alunos (Diego Padgurschi /Folhapress - SUP. EMPREGOS) *** EXCLUSIVO***
Júlio Raizer, professor de técnicas de estudo e motivação da Alfacon Concursos, em SP

Em seguida, o aluno deve elaborar um plano de estudo de ao menos seis meses, com foco nas disciplinas básicas: português, informática, raciocínio lógico e matemática.

Quando sair o edital do concurso desejado, o candidato deve passar a estudar as disciplinas específicas.

Conhecer o organizador do exame (Cespe-UnB, Cesgranrio, Vunesp, entre outras) também ajuda, já que cada um adota um modelo próprio de questões e de avaliação.

COSTUME ADQUIRIDO
Para quem não tem o hábito de estudar, o ideal é começar com duas horas por dia e gradualmente aumentar a carga horária, até alcançar o máximo possível.

"Ninguém começa estudando oito horas seguidas. É preciso ter disciplina. Se você tem três horas para estudar um tema, faça-o sem negligenciar os conteúdos que você acha chatos", diz Viviane Rocha, professora de dicas de estudos na Central de Concursos em São Paulo.

Rocha recomenda ainda que o candidato use a resolução de exercícios para definir sua estratégia para a prova, como responder as seções mais fáceis primeiro.

Os simulados também ajudam o candidato a se acostumar com o preenchimento de gabaritos e administrar melhor o tempo disponível.

Leonardo Ferreira, 34, decidiu largar o emprego de analista de inteligência para se dedicar aos estudos. Desde o ano passado, ele se prepara para o concurso da Polícia Federal.

"Nos primeiros três meses, meu erro foi estudar as disciplinas em blocos. Em uma semana eu estudava português e, na outra, direito. Assim, fica mais fácil esquecer as matérias. Aprendi a montar um cronograma que intercala as matérias", diz o concurseiro.

Aos fins de semana, Ferreira treina para a prova de aptidão física com colegas do curso preparatório e faz revisão dos temas vistos.
Ele diz que não sai à noite para não atrapalhar a rotina de preparação para a prova. "Se saio para beber, já sei que levarei três dias para me recuperar. São três dias perdidos de estudo", afirma.

 

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