Arquitetos premiados propõem a extinção do terminal Bandeira
CARLOS ARTHUR FRANÇA
DE SÃO PAULO
E se na Praça da Bandeira, onde há um dos maiores terminais de ônibus de São Paulo existisse uma... praça? A proposta é parte de um projeto premiado pelo Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) na versão paulistana do concurso "As Cidades Somos Nós - Propostas para a São Paulo de 2030".
O concurso pedia aos concorrentes que sugerissem projetos criativos para a região da Praça da Bandeira, priorizando pedestres e bicicletas.
Robson Ventura/Folhapress |
O terminal Bandeira atende a 132 mil pessoas todos os dias |
Inaugurado em 1996, o terminal Bandeira atende atualmente 132 mil pessoas, segundo a prefeitura de São Paulo.
"É uma praça que interliga importantes eixos viários, como as avenidas Nove de Julho e 23 de Maio e o Vale do Anhangabaú, mas é bem difícil de caminhar no entorno do terminal", afirma o diretor do Secovi-SP Eduardo Della Manna.
A equipe vencedora, formada pelos arquitetos José Paulo de Bem, Fernanda Haddad e Cássia Mariano, trouxe um projeto inusitado em que a praça volta ao espaço onde está um dos terminais mais movimentados do país.
Divulgação |
Projeto reconfigura região da Praça da Bandeira, alterando a malha viária e construindo uma praça no lugar do terminal |
"Por uma questão de necessidade, os vales da cidade, como o do Anhangabaú, passaram a ser a localização preferencial das grandes avenidas, dos veículos sobre pneus, que fazem grandes percursos. Esses fluxos isolam um lado do outro nas colinas, dificultando a integração e diminuindo o movimento de pessoas", explica o arquiteto José Paulo de Bem.
O projeto vencedor vai além da extinção do terminal Bandeira. Viadutos como o que passa por cima da Praça 14 Bis, na avenida Nove de Julho, seriam transformados em túneis subterrâneos. Avenidas como a Brigadeiro Luís Antônio e a 23 de Maio teriam passarelas de pedestres sobre elas.
O diferencial do projeto, afirma Della Manna, é a substituição do terminal Bandeira por outros terminais menores, ligados a metrôs mais afastados do centro.
"Nenhum dos outros projetos, que também deram ótimas soluções, eliminou o terminal. Isso diminuiria a circulação de ônibus no centro da cidade. Seria positivo tanto do ponto de vista paisagístico quanto ambiental", avalia.
Para o arquiteto José Paulo de Bem, não há necessidade de concentrar os ônibus no centro da cidade. "O ideal seria colocar terminais nas extremidades das linhas do metrô", explica.
Este e os outros cinco projetos finalistas estão expostos até o dia 2 de dezembro na Câmara Municipal de São Paulo (viaduto Jacareí, 100, centro). A mostra é gratuita e está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
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