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10/06/2012 - 07h05

Residenciais entram na onda verde e apostam em materiais recicláveis

GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi entre imóveis de perfil comercial que o conceito de sustentabilidade ganhou espaço em São Paulo, desde que certificadoras como a Green Building Council e a Aqua passaram a operar no país.

Mas, devagarzinho, alguns residenciais pegaram embalo nas ideias verdes do departamento vizinho. Segundo a Green Building Council, 14 projetos de imóveis para morar em São Paulo são hoje candidatos a conquistar selos verdes. No Brasil, são 18 empreendimentos que buscam a certificação.

Leticia Moreira/Folhapress
Apartamento do dentista Sergio Furnari, que fez uma obra de baixo impacto ambiental
Apartamento do dentista Sergio Furnari, em Higienópolis, centro de SP; ele fez uma obra de baixo impacto ambiental

Todos ainda estão em fase de projeto e construção ou são recém-lançados. Um exemplo é o empreendimento True Chácara Klabin, da construtora Even, o primeiro residencial do país a conquistar a certificação Aqua na fase de concepção. O selo segue regras elaboradas pela Fundação Vanzolini em parceria com duas entidades francesas.

Como nos edifícios comerciais, o conceito verde prima especialmente pelo uso de materiais recicláveis ou de alta durabilidade. Também opta por sistemas que economizam energia e água.

No True Chácara Klabin, em áreas comuns, como escadas e hall social, há sensores de presença que ligam e desligam automaticamente. Nos apartamentos, os vasos sanitários são dotados de descargas com duplo acionamento --conhecidas como válvulas "dual flush"--, que economizam até 50% no gasto de água.

FAÇA VOCÊ MESMO

Há casos de lançamentos como o Ecolife, da Ecoesfera Empreendimentos Sustentáveis, que tem modelos já em uso no Butantã e no Ipiranga (zonas oeste e sul de São Paulo), com unidades que custam entre R$ 210 mil e R$ 350 mil. A do Ipiranga é uma das que buscam certificação Leed.

Segundo o arquiteto Gustavo Calazans, designer e especialista em reformas ecológicas, a expansão de imóveis com certificado verde foi maior em edifícios comerciais, em parte, por uma simples razão: é possível adaptar sua casa a uma vida sustentável sem adquirir um novo imóvel. Basta ficar atento a alguns preceitos básicos (leia mais ao lado).

Quem estiver construindo ou reformando deve optar, por exemplo, por sistemas hidráulicos feitos com polipropileno, no lugar dos encanamentos de PVC (derivados de petróleo) ou de cobre. "Além de serem recicláveis, as conexões da tubulação com esse material duram muito mais", diz.

Em casas que não vão passar por reforma, dois conselhos podem ajudar a reduzir custos de energia e água. Lâmpadas de LED têm preços que variam de R$ 80 a R$ 150 --mas são feitas para durar até dez anos e podem reduzir o consumo em cerca de 90%.

O arquiteto Kiko Sobrino diz que, após fazer a troca em sua casa, reduziu a conta de energia de R$ 600 para R$ 110. Por isso, ao projetar uma loja na rua Estados Unidos, ele optou por uma iluminação toda de LED.

A construção foi feita a partir do material gerado pela demolição do imóvel que ocupava aquele endereço. "Demora um pouco mais, mas praticamente anula a produção de resíduos sólidos", diz.

 

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