Modelo de imobiliárias em rede encontra resistência no Brasil
REINALDO CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As imobiliárias brasileiras ainda têm resistência em trabalhar num modelo de redes de negócios, mas as empresas do setor que aderiram ao esquema têm alcançado bons resultados.
Esse é um dos resultados do trabalho "A Aplicação dos Princípios de Redes de Negócios nas Empresas Imobiliárias: uma Proposta a partir de Reflexões e Exemplos de Redes Brasileiras", de Ernesto Michelangelo Giglio e José Antônio Fantin, alunos do mestrado em administração da Unip (Universidade Paulista), e do consultor imobiliário Marcos Goggi.
O estudo foi apresentado na 12ª Conferência Internacional da Lares (Latin American Real Estate Society), realizada na última semana em São Paulo.
A pesquisa contou o estudo de caso de três empresas: uma nacional com 150 imobiliárias, mas que não atua em rede; uma rede de imobiliárias que atua no interior do São Paulo com 15 unidades; e uma empresa em Santa Catarina que atua no modelo de redes usando franquias. Os nomes não foram revelados das empresas não foram revelados.
"Foi verificado que a empresa que não atua em rede trabalha sem a consciência da interdependência, é mais burocrática e tem resultados abaixo do esperado para seu tamanho", afirmou Giglio.
Nas outras empresas, a pesquisa mostrou que o foco na competição é de um grupo contra outro, e não em competições individuais. Por conta disso, os resultados foram melhores. "A questão de comprometimento é mais forte em empresas que atuam em rede. Na empresa de franquia também há um modelo de confraria, de discussão em conjunto que prepondera", disse.
Segundo Giglio, foi verificada uma resistência das imobiliárias em colocar os melhores imóveis à venda ou para aluguel para toda a rede. Muitas vezes as unidades preferem deixar para a rede apenas o "osso", as unidades mais difíceis de vender ou alugar.
"Nisso aparece a função do gerente de redes, solucionando e desenvolvendo relacionamentos, mostrando que todas as empresas já estão em rede no mundo e que um imóvel anunciado em conjunto tem muito mais chance de ser vendido mais rapidamente e fortalecer uma marca", finaliza.
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