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28/10/2012 - 06h30

Perdizes é queridinho da zona oeste

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de a verticalização de Perdizes ter começado há 20 anos e a região estar consolidada no mercado imobiliário, o distrito ainda é cobiçado. A maior parte dos lançamentos residenciais nos últimos cinco anos, por exemplo, está 100% vendida.

Levantamento feito pela empresa Geoimovel mostra que Perdizes foi um dos distritos da zona oeste de São Paulo que mais ganhou empreendimentos nos últimos cinco anos --foram 52 lançamentos. O líder na zona oeste, a mais rica da cidade, foi o Itaim Bibi, com 72 empreendimentos no período.

De acordo com Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da Lopes Imobiliária, o "boom" de lançamentos já passou, mas a região ainda atrai investimentos imobiliários devido à localização e à valorização. "Está hoje entre os dez bairros mais caros de São Paulo", diz.

"É uma alternativa para o cliente de classe média e alta, mas já não tem terrenos para lançamentos", argumenta Parpinelle, que destaca a redução no número de empreendimentos nos últimos dois anos.

Veja mais informações no especial sobre Perdizes

Pesquisa da Geoimovel mostra que outras seis torres residenciais devem ser lançadas em Perdizes nos próximos meses --o número é baixo quando comparado aos 20 prédios que serão construídos na Saúde.

ESTOQUE BAIXO

O valor médio do metro quadrado de um apartamento novo no distrito saltou de R$ 3.923 em 2007 para R$ 8.895 neste ano, uma valorização de 127% --superior à média da cidade, que foi de 113%.

Michel Gdikian Neto, diretor comercial da Paulo Mauro Construtora e Incorporadora, instalada na região há 57 anos, afirma que, de 2007 para cá, "o preço dos imóveis na região ultrapassou bairros historicamente mais caros. Hoje, o valor do metro quadrado em Perdizes é quase igual ao de Pinheiros [distrito vizinho, considerado um dos mais nobres da cidade]".

Mesmo diante dos valores elevados, o bairro, famoso por suas ladeiras, tem alta procura por imóveis residenciais. Prova disso é que, das 2.777 unidades lançadas desde 2007, há hoje apenas 293 em estoque.

"Apesar dos seus `altos e baixos', Perdizes é um bairro muito desejado", diz Gdikian Neto, brincando com o relevo do local. "Além da fácil locomoção para qualquer ponto da cidade, a região tem uma importante rede escolas e faculdades [como a PUC-SP], shoppings e estações de metrô."

Segundo ele, a construtora, antes focada no distrito, agora está 'obrigada' a investir em bairros mais distantes do centro, justamente pela falta de terrenos na região.

Na avaliação de Marcelo Molari, diretor da Geoimovel, o distrito se consolidou com lançamentos de apartamentos de três e quatro quartos.

"As incorporadores começaram a lançar unidades menores para caber no bolso do comprador, mas esses apartamentos não foram vendidos tão rápido", diz.

A empresária Maída Novaes, 50, morou em Perdizes durante 25 anos e acompanhou de perto o processo de verticalização do distrito. "Gosto muito, mas acho que, juntamente às casinhas, o bairro vem perdendo também o romantismo."

Carolina Daffara/Editoria de Arte
Raio-x Perdizes
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