'A Vila Madalena me ajuda a escrever', diz Marcelino Freire
MARCELINO FREIRE
ESPECIAL PARA A FOLHA
"Moro na Vila Madalena há 15 anos, mas, antes de mudar-me para cá, eu frequentava muito o bairro, especialmente a Livraria da Vila, os cafés e os sebos de Pinheiros.
Nesses anos, vi o número de carros explodir. Na verdade, o problema não é o número de carros, mas o números de concessionárias -há uma em cada esquina. Há momentos em que olho para a rua Purpurina e parece com a BR 101.
Vi também a Vila Madalena virar a Villaboim [tradicional e elegante praça no bairro de Higienópolis], com muitas lojas chiques e com pizzarias endinheiradas.
Adoro a vila e não quero sair de lá por nada. Está tudo ali perto: meus amigos, meus cafés, os sebos, a Fnac e a Balada Literária, evento que coordeno e que foi feito pensando na vila.
A vila me acolhe muito e me ajuda a escrever.
Gostava mais quando era menos engarrafada. Os carros atrapalham a paisagem de qualquer lugar, fazem barulho e soltam fumaça. Mas isso é em qualquer lugar. Eu peguei um trânsito horrível em Aracaju.
A vila está muito cara, realmente não é um bairro barato. As casas estão sendo sufocadas por prédios. São Paulo, quando estiver pronta, vai ficar muito bonita."
Marcelino Freire é escritor, autor de livros como "Contos Negreiros" (Record, 2006) e organizador da Balada Literária, evento que mistura mesas de debates e lançamentos de livros com festas em bares na Vila Madalena
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