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02/12/2012 - 06h30

Novos hábitos e equipamentos ajudam a reduzir as contas da casa; confira

GISELI CABRINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Você deixaria seu salário escorrer pelo ralo? Pois é isso o que ocorre quando a água não é usada racionalmente. Segundo cálculo da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), novos hábitos podem representar uma economia de cerca de R$ 550 por ano em um apartamento residencial -valor próximo ao do salário mínimo (R$ 622).

Além de pequenos gestos, como encurtar o banho e não usar a mangueira para lavar as calçadas, há "equipamentos economizadores" que regulam a água e seu dinheiro.

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Entre as opções que não exigem reforma ou contratação de mão de obra para a instalação estão arejadores e reguladores de vazão para torneiras e chuveiros, e até kits para converter uma válvula sanitária convencional de parede em uma descarga com comando duplo de acionamento para líquidos e sólidos.

O arejador, a popular peneirinha, é uma alternativa prática e acessível. "Quando a água passa pelo arejador, microbolhas de ar ocupam o espaço da água. Com isso, se cria a ilusão de que o jato é intenso, quando, na verdade, o volume é menor", diz o assessor de meio ambiente da Sabesp, Marcelo Morgado.

Já em chuveiros, com o uso de um redutor, a vazão pode ser diminuída à metade, para 10 litros por minuto.

PARA PROFISSIONAIS

Exige reforma ou mão de obra especializada a instalação de torneiras com anel regulador de pressão (automáticas e eletrônicas) e vasos sanitários com caixa acoplada (com opção embutida). Enquanto os vasos convencionais gastam de 10 a 14 litros, os com caixa acoplada gastam de 3 a 6 litros.

Mas fica o alerta de Simone Roma Siciliano, gerente de marketing da Fabrimar, que produz metais para cozinhas e banheiros: "É essencial despertar o uso racional. Caso contrário, por mais sofisticado que seja o produto, o objetivo final de redução no consumo ficará comprometido."

ENERGIA

No apagar das luzes, as recomendações para cortar o consumo de energia são velhas conhecidas. Mas ganharam reforço: as lâmpadas fluorescentes chegaram para substituir as incandescentes, os eletrodomésticos ficaram mais eficientes e as casas, aos poucos, se automatizam.

A lista de equipamentos com esse fim inclui medidores eletrônicos de consumo (similar ao das concessionárias de energia, que saem por R$ 250), temporizadores (que programam o funcionamento de aparelhos e custam a partir de R$ 100) e dimmers (para o controle do nível de iluminação, que custam de R$ 15 a R$ 20).

Com sistemas de automação, ainda é possível acionar e controlar diferentes aparelhos via internet ou por celulares. Segundo o consultor do setor de energia Hilton Moreno, os investimentos variam, mas o retorno costuma ocorrer de um a três anos.

Segundo ele, desde que usadas corretamente, nenhuma das opções para racionalizar o consumo de energia interfere no funcionamento ou na vida útil dos produtos. "Ao se disciplinar o uso dos aparelhos, a tendência é que eles durem mais."

ESTAÇÃO

Além dos hábitos de consumo, número de aparelhos (potência e tempo de uso) e moradores, o gasto com energia tem forte influência da época do ano. No frio, o chuveiro consume em torno de 43% da energia de uma casa. Nos meses quentes, o ar-condicionado responde, em média, por 33%, e o chuveiro elétrico, por 23%.

Mas há como se relacionar melhor com esses itens da casa. Um das saídas é ter o equipamento adequado ao ambiente (considerando fatores como tamanho, número de pessoas e eletrônicos) e ao uso. No caso do ar-condicionado tipo "split", há diferentes capacidades, que representam gastos mensais de R$ 86,57 (para o de 10.001 a 15.000 BTU) até R$ 303,45 (para o maior de 30.000 BTU), considerando consumo diário de 8 horas.

Para ter maior rendimento, proteja a parte externa do aparelho do sol, sem bloquear as grades de ventilação.

INDÚSTRIA

A Eletrobras coordena o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), cujo selo indica eficiência de 10 a 15% maior. Hoje, são 33 categorias certificadas. "Há estudos para inclusão de equipamentos como fornos de micro-ondas, televisores [modo ativo] e fornos de padaria", diz Emerson Salvador, da Eletrobras.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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