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06/01/2013 - 06h30

Preços de imóveis podem subir até 7% com norma, diz pesquisador

DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO

A expectativa do setor é que a norma de edificações leve a um ganho de qualidade nas construções brasileiras, principalmente nas feitas com materiais mais baratos ou paredes e lajes muito finas, que têm baixo isolamento acústico. Mas a melhora poderá pesar no bolso do consumidor.

Imóveis terão norma com classificação de qualidade
Banco foi representante do consumidor em audiência sobre normas

O documento institui os padrões de desempenho mínimo (obrigatório), intermediário e superior. No caso do nível menos rigoroso, profissionais do setor evitam estimativas, mas preveem uma "pequena alta" para os imóveis mais simples.

Lucas Lima/Folhapress
Prédio em construção em São Paulo; habitações terão norma de qualidade
Prédio em construção em São Paulo; habitações terão norma de qualidade

Em empreendimentos que atinjam o nível intermediário, deverá haver acréscimo de 3% a 4% no valor dos imóveis. Para o nível superior, algo em torno de 6% ou 7%, diz Ercio Thomaz, primeiro coordenador da comissão e pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

Segundo ele, se comparados esses acréscimos com "a substancial melhoria na relação custo-benefício", a alta nos preços pode ser considerada irrisória.

MENOS EXIGENTE

Apesar da promessa de trazer mais qualidade à construção civil brasileira, a norma de desempenho de edificações nasce com critérios menos rígidos que os de países desenvolvidos.

Segundo Davi Akkerman, presidente da ProAcústica (Associação Brasileira para a Qualidade Acústica), o padrão superior daqui equivale ao menor nível exigido pelos países europeus mais rigorosos.

Mesmo onde as regras são mais brandas nesse continente, como a Espanha, o padrão médio aproxima-se do mínimo brasileiro. "Eles estão em outro estágio, porque têm normas há muitos anos. Nós precisamos de tempo para adaptar a cadeia produtiva."

Em relação aos 150 dias de prazo de adaptação, Villas Bôas diz que são "o bastante", mas pondera que "nem 150 anos são suficientes para uma empresa que quer ficar parada".

Editoria de Arte/Folhapress
Carolina Daffara/Editoria de Arte
 

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