20/01/2013 - 06h30

'Padrão Anália Franco' avança sobre a Vila Formosa; preço de imóvel deve subir

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diante da saturação de terrenos no entorno do shopping Anália Franco, a Vila Formosa desponta como o novo polo de lançamentos residenciais de alto padrão na zona leste. E essa tendência deve chegar, inclusive, à área central do distrito, que hoje tem predominância de casas.

Conhecido como uma ilha de sofisticação na zona mais pobre da cidade, o bairro Jardim Anália Franco fica na divisa do Tatuapé com a Vila Formosa. O isolamento, porém, se desfaz aos poucos.

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"O 'padrão Anália Franco' tenderá, num futuro próximo, a se estender para a Vila Formosa. Não só porque está perto, mas porque não há mais terrenos para construir no entorno do shopping", diz Antonio Thaumaturgo, vice-presidente da Pedro Construtora. Segundo ele, os empreendimentos de alto padrão já estão chegando ao Tatuapé, perto da Radial Leste. "Mas compramos terrenos na Vila Formosa, que será nosso próximo ponto de atuação."

Um motivo para a disseminação do "padrão Anália Franco" pela Vila Formosa é o preço. "Um imóvel no distrito é até 18% mais barato que no Tatuapé", diz João Henrique, da imobiliária Lopes. O valor médio do metro quadrado na Vila Formosa é R$ 6.152 (ante R$ 7.094 do Tatuapé), conforme a Geoimovel.

Para ele, a Vila Formosa é o melhor custo-benefício da região. "Há expectativa de alta de preços e espaço para a verticalização."

O distrito não tem metrô e está distante da região central. Porém, tem duas importantes atrações da zona leste: o parque dos Trabalhadores (antigo Ceret) e o shopping Anália Franco.
Por causa desses atrativos e do sucesso do bairro vizinho, a região é uma das que mais se verticalizou nos últimos seis anos na zona leste.

De acordo com a empresa Geoimovel, foram lançados 44 edifícios residenciais no local desde 2007 -a Mooca e a Água Rasa ganharam igual número de torres no período.

'ANÁLIA-FRANQUIZAÇÃO'
Há moradores que já percebem o avanço do "padrão e da cultura Anália Franco" no distrito. "São pessoas mais fechadas", diz o arquiteto e urbanista Marco Antônio Soares, que mora no local.