'O Santo Amaro é uma cidade'

"Me mudei para o bairro Chácara Santo Antônio com meus pais quando eu tinha dois anos de idade. Cresci na região. O Santo Amaro era uma cidade e acabou fazendo parte de São Paulo.

	Zé Carlos Barretta/Folhapress
	Maria Cristina Dias Pires de Almeida Cardoso, arquiteta e urbanista, cresceu no bairro de Santo Amaro

Gosto muito da região, é um lugar bacana. Pela tradição, sempre teve muitos estrangeiros no bairro. Desde que eu era pequena, me lembro que no raio de dois quarteirões havia muitos alemães, holandeses, gregos, austríacos... Muita gente ia morar lá porque gostava mesmo do local.

Quando eu era pequena, ia na feira e escutava alemão. O Santo Amaro é uma cidadezinha, é uma cidade dentro de uma megalópole.

Sempre foi um bairro muito residencial, diferente quando desce para a marginal, que a formação era mais de indústria e hoje tem mais escritórios e serviços.

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O que gosto hoje da região é que tem uma estrutura independente do resto da cidade. Antigamente não tinha isso. Antigamente tinha que ir lá na cidade para fazer uma consulta médica. Hoje não, o distrito tem tudo.

O que precisa melhorar é o transporte. É terrível ter que sair do Santo Amaro, porque a marginal [Pinheiros] tá entupida, a Santo Amaro também e avenida Ibirapuera também."

Maria Cristina Dias Pires de Almeida Cardoso é arquiteta e urbanista e cresceu no bairro Chácara Santo Antônio, no Santo Amaro