Lançamento de um quarto cresce 788% em São Paulo
DE SÃO PAULO
O encolhimento médio de 29,5 m² de um imóvel residencial em São Paulo de 2007 a 2012 ocorreu não apenas porque os apartamentos com um dormitório ficaram menores, mas principalmente em razão da alteração no padrão de oferta da cidade.
Construtora diz que espaço é mais bem aproveitado
Imóvel novo em São Paulo encolhe e fica mais caro
Editoria de Arte/Folhapress |
Como imóveis com até dois quartos em geral são menores do que aqueles com pelo menos três dormitórios, uma grande elevação na oferta do grupo de apartamentos com menos cômodos e uma queda nos com mais tende a levar a uma diminuição no tamanho médio do imóvel.
Foi o que aconteceu na cidade de São Paulo, onde o número de unidades lançadas com até dois dormitórios teve uma alta expressiva. Já os lançamentos de imóveis com mais quartos, quatro principalmente, despencaram.
A participação de unidades lançadas de um e dois dormitórios em relação ao total vem se elevando ano a ano e praticamente dobrou desde 2007 -de 33,78% para 67,3%, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).
Com o resultado, houve uma inversão. Se quem beirava os 70% de participação eram os imóveis a partir de três dormitórios, hoje eles representam cerca de 30%.
O volume de lançamentos de um quarto foi o que cresceu com mais força (788%); já as unidades com mais de três dormitórios caíram 80%.
PEQUENOS
Profissionais do setor imobiliário apontam que a maior oferta de imóveis de um e dois dormitórios se explica em razão de dois motivos. Um deles é o número crescente de jovens sem filhos com poder aquisitivo suficiente para comprar imóveis, mas que não necessitam de muitos cômodos. Outro fator é a redução no preço final do imóvel.
Ainda que o valor do metro quadrado do apartamento de um quarto seja o maior da cidade (R$ 9.549), uma unidade custa em média 32,4% menos do que uma de três, por exemplo, por causa da metragem menor.
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"A valorização imobiliária obrigou muitas pessoas a comprar imóveis mais compactos", diz o presidente da empresa de pesquisas Datastore, Marcus Araujo.
Hoje, as construtoras atingem um recorde atrás do outro. A MBgucci, por exemplo, planeja lançar um imóvel com 36 m², o menor da história da incorporadora, segundo o diretor de vendas Robson Toneto.
A mesma empresa prevê um de dois dormitórios, com dois banheiros, com 43 m² de área privativa.
Mas já é possível encontrar apartamentos de um dormitório com menos de 30 m². Segundo a Geoimovel, o menor lançado nos últimos seis anos media 24 m².
No outro extremo, imóveis de quatro dormitórios ganharam 24,5 m² de 2009 a 2012 (para 186,6 m²), mas vendem menos. Alguns lançados há cinco anos ainda não foram comercializados.
"No biênio 2007 e 2008, foram lançados mais imóveis com essa configuração do que em toda a década. Nos anos 2011 e 2012, tivemos um acúmulo de estoque, e os descontos foram de 35% em média", diz Luiz Paulo Pompéia, presidente da Embraesp. (DANIEL VASQUES)
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