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07/11/2013 - 07h30

Técnicas da marcenaria naval são utilizadas na confecção de móveis

DE SÃO PAULO

Serão apresentados hoje (7), às 20h no MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), móveis produzidos a partir de técnicas da marcenaria naval.

O banco Osso e a mesa de centro K2 são as primeiras peças da linha idealizada pela dupla de arquitetos designers Rafic Farah e Otávio Coelho.

O resultado são peças leves, de espessura finíssima, mas resistentes e duráveis, como cascos de embarcações.

O evento Brasil 66 tem curadoria de Baba Vacaro, diretora de criação da marca Dpot. O MAM fica no Parque Ibirapuera, próximo ao portão 3.

Veja a entrevista de Rafic Farah e Otávio Coelho à Folha

Folha - Por que buscaram inspiração fora da arquitetura?
Rafic Farah e Otávio Coelho - Houve um tempo em que os profissionais transitavam mais naturalmente entre diversos setores e as soluções técnicas migravam de uma área para outra. É problemático um mundo como o de hoje, em que as pessoas se especializam cada vez mais. Precisamos voltar a olhar para o nosso entorno, buscar soluções em outras áreas. Às vezes, o seu problema já foi solucionado em outro campo, você só precisa adaptá-lo.

Quais as características da marcenaria naval que podem ser aplicadas ao design?
A marcenaria naval já foi o que tivemos de melhor e mais fértil no Brasil em termos de construção. Isso infelizmente acabou, mas nós percebemos que todo o campo da construção naval é repleto de soluções técnicas, formas e materiais bastante frutíferos. Poderíamos falar a mesma coisa da indústria aeronáutica ou da automobilística, mas a naval é a mais próxima. Barcos são casas que flutuam, e nós somos arquitetos.

Quais as peças produzidas no projeto?
As primeiras peças são o Banco Osso e a Mesa K2. A coleção é grande, vamos lançar novas peças aos poucos. Essas duas eram as mais puras no sentido da técnica naval, são como o casco de um barco. Já nas outras, mais complexas, aparecem novos materiais, como o metal fundido.

Qual a técnica e o processo utilizados?
A técnica se chama "strip-planking". É usada na confecção de canoas e veleiros de médio porte. Por fora de um gabarito, longas e estreitas tiras de cedro-rosa são fixadas pacientemente, uma ao lado da outra. Temos assim uma casca de madeira, que é então lixada e depois coberta por uma manta de fibra de carbono. Para fixar a manta, usa-se a resina epóxi. Depois de curada a resina, falta apenas lixar e envernizar a peça. O processo é simples, porém trabalhoso.

 

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