Publicação busca 'arquiteta do ano' com perfil de liderança; veja indicações
DE SÃO PAULO
Sete mulheres concorrem ao título de "arquiteta do ano" de 2014 no AJ Women in Architecture Awards, premiação da revista britânica "Architects' Journal".
A lista é composta pelas mulheres por trás, por exemplo, da célebre Biblioteca de Birmingham e do Centro de visitantes Giant's Causeway, ambos no Reino Unido.
O prêmio leva em conta não só a qualidade dos projetos desenvolvidos, mas também o espírito de liderança das concorrentes.
Há também a categoria de "arquiteta emergente do ano", para incentivar quem ainda não tem muito tempo de carreira.
Indicadas ao "Woman Architect of the Year":
Yvonne Farrell and Shelley McNamara (Grafton Architects)
Juntas fundaram o escritório irlandês Grafton Architects em 1978. O projeto para a Escola de Medicina da Universidade de Limerick, na Irlanda, foi indicado ao Stirling Prize 2013, prêmio do Real Instituto de Arquitetos Britânicos.
Maria Langarita (Langarita-Navarro Arquitectos)
Cofundou o escritório Langarita-Navarro em Madrid em 2005. Entre seus projetos destacam-se a sede da Red Bull Music Academy e um centro de arte contemporânea em Madrid.
Róisín Heneghan (Heneghan Peng)
Cofundou o escritório Heneghan Peng em 1999. Projetou o centro de visitantes de Giant's Causeway (Calçada dos Gigantes, em português), conjunto de 40.000 pedras naturalmente encaixadas como se fossem uma enorme calçada, no Reino Unido. O centro também foi indicado ao Stirling Prize 2013. Heneghan é palestrante nas universidades de Yale, Harvard, MIT, entre outras.
Francine Houben (Mecanoo)
Fundou em 1984 o escritório dinamarquês Mecanoo. Seu projeto para a inglesa Biblioteca de Birmingham, a maior pública da Europa –com 35 mi m²–, custou £ 193 milhões (R$ 774 milhões). Houben é professora visitante na Universidade de Harvard.
Kirsten Lees (Grimshaw)
Tornou-se sócia do escritório Grimshaw em 2010. Há dois anos trabalho em um plano diretor para o distrito de Wimbledon, em Londres, a pedido da Associação Britânicas de Tênis.
Sadie Morgan (dRMM)
Cofundou o dRMM (Dean of Architecture at the Royal College of Art) em 1995. Em 2013 foi a quarta mulher a ser eleita presidente da Architectural Association School of Architecture de Londres, escola com mais de 166 anos.
Adriana Natcheva (Groves Natcheva Architects)
Cofundou o escritório Groves Natcheva Architects em 2000. Entre seus projetos em andamento está a sede de uma companhia no Rio.
LONGE DO IDEAL
O prêmio busca valorizar o trabalho das profissionais mulheres em um setor onde a discriminação por gênero ainda é grande.
Pesquisa recente realizada pela revista com 926 pessoas –710 mulheres e 216 homens entre arquitetos, estudantes e outros profissionais do setor– no Reino Unido, Europa e Estados Unidos aponta que dois terços das mulheres entrevistadas afirmam já ter sofrido discriminação sexual, sem abuso físico, ao longo da carreira.
Dessas, 11% relatam que isso acontece uma vez por semana ou mais.
Entre as estudantes de arquitetura, 54% dizem vivenciar situação semelhante de discriminação na faculdade.
Homens e mulheres concordam que a "indústria" arquitetônica ainda é predominantemente masculina: 73% e 79% dos entrevistados, respectivamente.
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