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16/02/2014 - 01h30

Desplugados, truques de decoração ajudam a refrescar

DE SÃO PAULO

Em época de apagão de energia, há opções para deixar o lar arejado e fresco sem acréscimo no consumo.

Algumas escolhas devem ser feitas com a residência ainda na planta, como a posição em relação ao sol. "Quartos voltados para o nascente esquentam menos", diz a arquiteta Consuelo Jorge.

O projeto deve levar em conta também a direção dos ventos na região. Segundo o arquiteto Giuseppe Cafasso, janelas opostas fazem com que o ar tenha por onde entrar e sair, arejando o espaço.

Ambientes integrados e abertos proporcionam sensação de amplitude e contribuem para a circulação do ar. A criação de vãos, como "portais", no lugar de portas e pé-direito duplo na sala, ajuda a desobstruir o ambiente.

"Folhagens são bem-vindas porque deixam o ambiente agradável e trazem o lado externo para dentro", diz a arquiteta Adriana Cuoco.

Com o imóvel pronto, escolhas na decoração diminuem o calor e criam sensação de frescor, sem necessidade de grandes reformas.

Sofás com tecidos pesados e escuros podem receber capas mais leves de sarja, linho ou algodão. Esses materiais, assim como lona e couro, não absorvem suor e pó.

Tons claros e pastéis devem predominar nas paredes e móveis. "Uso muito branco e bege porque dão a impressão de um ambiente 'clean' e arejado, mesclados com azul, que é uma cor que agrega frescor", diz Cuoco.

ILUMINAÇÃO

As estampas devem estar em detalhes como almofadas e luminárias. Podem ser listradas, com renda ou nuances entre o verde e o azul.

Outra dica é dar preferência para móveis que não vão até o chão. Segundo a arquiteta Cristina Barbara, peças mais altas ganham espaço arejado na parte inferior.

Quanto à iluminação, para evitar a luz direta, uma opção é embuti-la no forro. Lâmpadas de LED, além de mais econômicas, não esquentam.

Em relação ao revestimento, pisos frios, como porcelanato e mármore, são boas opções –sem dispensar tapetes.

Segundo Francesca Alzati, arquiteta e fundadora da marca de tapetes By Kamy, os de fibra natural se adaptam ao clima: ficam frios no verão e quentes no inverno.

E atenção para não entulhar e abafar a casa. "Nada substitui uma boa circulação e espaços livres, que passam ideia de leveza e fluidez", diz a arquiteta Maria di Pace.

Colaborou ANAÏS FERNANDES

 

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