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18/02/2014 - 07h30

Garagem de edifício abandonado é transformada em residência "vintage"

NICK AMIES
DO "NEW YORK TIMES", EM AMSTERDÃ

James van der Velden, 29, queria uma casa com algo extraordinário, mas não no sentido convencional.

Não estava interessado, por exemplo, em nenhuma das belas casas do século 17 pelas quais a capital holandesa é conhecida.

"Eu estava em busca de um imóvel extraordinário já há algum tempo", diz van der Velden. "E então encontrei uma garagem".

Pertencente a um edifício comercial dos anos 1950 abandonado, a garagem dificilmente seria considerada especial por outras pessoas, ou mesmo minimamente interessante.

E havia muito a fazer para reformá-la. Mas van der Velden é arquiteto e designer de interiores e, portanto, isso não o assustava.

"No momento em que entrei na garagem pela primeira vez, tive uma ideia sobre o que gostaria de fazer", ele diz. "E com isso o processo de projeto foi bem rápido".

Depois de comprar a edificação no final de 2012 por pouco mais de US$ 600 mil (cerca de R$ 1,4 milhão), ele decidiu começar a transformar o espaço de 130 m² no seu ideal de residência.

Quase um ano depois, quando a reforma de US$ 200 mil (R$ 477 mil) que ele comandou ficou pronta, van der Velden se mudou para seu novo lar.

Vista de fora, a garagem parece mais ou menos a mesma. Mas, por trás da porta de rolar e de um pequeno espaço de estacionamento, fica agora uma parede de aço e vidro que se estende do chão ao teto.

Ao passar pelas portas duplas nessa parede, você se vê em uma moderna cozinha, branca e preta. Uma mesa rústica de madeira que van der Velden desenhou ocupa o centro do cômodo, com duas luminárias industriais posicionadas sobre ela –uma homenagem, segundo o arquiteto, à história daquele espaço.

A parte social da casa tem pé direito duplo, com um átrio de vidro que ajuda a levar luz aos cômodos. Paredes de vidro e aço cercam um pátio central descoberto que abriga um jardim com vasos. Quando chove, a água é escoada por um sistema central de drenagem.

"A garagem era um grande espaço aberto e por isso tivemos que construir todas as paredes para criar os cômodos", diz van der Velden.

Ainda assim, ele diz, "o trabalho mais difícil foi remover o telhado para criar o jardim interno. Mas esse era um detalhe muito importante para mim: ter um espaço aberto dentro de casa".

MUSEU À MÃO

Do outro lado do jardim ficam dois quartos: um de hóspedes, com um pequeno banheiro, e a suíte principal, dominada por uma motocicleta posicionada sobre as prateleiras do lado oposto da cama.

A motocicleta, como boa parte da mobília, é vintage.

"Quase tudo que tenho em casa foi comprado em mercados de rua em Paris ou em leilões online", ele diz. "Eu queria um espaço para exibir minhas coleções. Como um museu, mas onde as pessoas não tivessem medo de pegar nos objetos".

Diferentemente de um museu, porém, o espaço que van der Velden define como seu "pequeno oásis" não anuncia sua presença para a rua. E os visitantes, ele diz, muitas vezes se espantam.

"Não canso de ver as caras de surpresa que meus convidados fazem quando abro a porta da garagem".

Tradução de PAULO MIGLIACCI

 

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