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30/03/2014 - 01h30

Número de condôminos define custo de operação de gerador

DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO

Instalar um gerador de energia traz mais conforto e segurança, mas a proposta precisa ser debatida pelos condôminos.

Editoria de Arte/Folhapress
Gerador de energia
Gerador de energia
Editoria de Arte/Folhapress
Gerador de energia 2
Gerador de energia 2

A ressalva ocorre porque o gerador representa um custo muitas vezes alto e o aparelho deverá ser usado apenas esporadicamente. A autonomia também é limitada e fica em torno de oito horas, dependendo da capacidade de combustível.

Na hora de investir, é preciso levar em conta que, em regra, quanto mais unidades em uma torre, menor o valor pago por condômino -quando o gerador garante energia apenas na área comum.

Apesar de reconhecer a utilidade, o síndico Giuliano Gueratto, 32, aponta o preço como um desestímulo. Segundo ele, não há "folga financeira"nas contas do condomínio que permita a aquisição. O prédio em que ele mora e que também administra tem 24 apartamentos.

Já o engenheiro aposentado Luiz Facchini, 64, que mora no 17º andar de um edifício na zona sul, conta que o gerador pesou na escolha. O item estava sendo instalado quando ele fechou o negócio.

Segundo Abraham Curi, diretor-executivo da Tecnogera, que atua no segmento, o mercado está aquecido. "A nossa demanda de aluguel de geradores por condomínios residenciais aumentou entre 60% e 70% nos últimos três meses em relação ao mesmo período do ano passado."

CUSTOS

Dois fatores principais influenciam o custo de ter um gerador no empreendimento. Um deles é a potência do aparelho -isso quanto mais capacidade, mais caro.

Outro ponto é a instalação. Se houver espaço disponível para colocar o gerador, em geral no subsolo ela tende a ser mais simples e barata.

Segundo José Luiz Martin, gerente de vendas e marketing da empresa Cummins Power Generation, em média, a compra de um equipamento para garantir energia para uma torre de 20 andares sai a partir de R$ 60 mil. Nessa conta, ele considera atendimento a uma portaria básica, área comum e um elevador.

Com o preço pago pela colocação, o custo pode passar de R$ 100 mil. Dividindo a conta com os condôminos e estimando quatro unidades por andar, cada proprietário pagaria R$ 1.250.

Para Nilton Savieto, membro do conselho de síndicos do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário) e administrador de 12 prédios em São Paulo, se o objetivo é iluminar também os apartamentos, o custo com a instalação corresponde a mais 100% ou 120% do preço pago.

A razão é que, nesse caso, a instalação é mais complexa e é feita imóvel por imóvel. O aparelho também é mais caro e pode custar mais de R$ 350 mil, dependendo da potência.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
O aposentado Luiz Facchini, 64, escolher morar em prédio que tivesse gerador de energia
O aposentado Luiz Facchini, 64, escolher morar em prédio que tivesse gerador de energia
 

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