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18/05/2014 - 01h30

Casa Cor quer imprimir 'marca de design' em edifícios de alto padrão

DEISE DE OLIVEIRA
ANAÏS FERNANDES
DE SÃO PAULO

A Casa Cor, tradicional mostra de decoração, vai virar marca de empreendimento imobiliário. Em um mercado em ritmo mais fraco, a estratégia é vender "exclusividade e modernidade", aliada a conceitos de arquitetura, design e "viver bem".

Essas características já funcionam como chamariz em residenciais de alto padrão.

Em São Paulo, há uma série de lançamentos com "arte" e "design" no nome. É o caso do "Art Cube", da incorporadora Alfa Realty e MDL, "Design & Arte", da Even, "Home Design Pinheiros", da Brookfield, e "Arte Arquitetura Pinheiros 2", da Stan.

"O mercado está mais difícil e o comprador tem muitas opções, num cenário de preço mais alto. É preciso garantir exclusividade por meio da arquitetura", diz Maurício Eugênio, presidente da Eugênio, empresa de marketing e estratégia imobiliária.

Eugênio é parceiro do fundador do Grupo Casa Cor, Angelo Derenze, no projeto de emprestar a marca a empreendimentos pelo país -limitado a um por cidade.

Segundo Eugênio, há negociações com construtoras de São Paulo, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Goiânia, Campo Grande e Fortaleza. Os primeiros lançamentos estão previstos para 2015.

A incorporadora que contratar a Casa Cor trabalhará com sua "equipe local" de arquitetos. A "grife" fará a curadoria, participando, por exemplo, da definição da fachada, área comum, planta e metragem das unidades.

Divulgação
"Arte Arquitetura Pinheiros 2", da Stan, tem painel de azulejos exclusivo do artista plástico Athos Bulcão
"Arte Arquitetura Pinheiros 2", da Stan, tem painel de azulejos exclusivo do artista plástico Athos Bulcão

Segundo Eugênio, edifícios com conceitos diferenciados custam de 10% a 15% mais do que um convencional. Enquanto o preço médio do metro quadrado de um lançamento na cidade de São Paulo está em R$ 8.797, ele estima que fique em R$ 10 mil para um "projeto exclusivo", podendo chegar a R$ 15 mil.

PRODUTO NACIONAL

Para Stefan Neuding Neto, sócio-diretor da Stan, o setor dá sinais de retomada da valorização da arquitetura, ainda que em iniciativas restritas ao alto padrão.

Após um período de culto às referências internacionais, em especial à francesa, e à escola neoclássica, ele vê o reconhecimento à produção nacional.

"A grife reflete uma marca de qualidade e tem valor para aqueles que reconhecem isso. Mas é algo de um público específico", diz Eduardo Nardelli, presidente da Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura).

Peças de arte ou conceitos inovadores não chegam a decidir uma compra, na avaliação de Marcelo Dzik, diretor de incorporação da Even, mas estabelecem afinidades.

"A compra de um imóvel passa por fatores como sonho, localização e perspectiva de valorização. Mas o conceito potencializa a venda entre tantas opções."

Divulgação
Empreendimento "Design & Arte", da Even, busca valorizar e integrar arquitetura e paisagismo
Empreendimento "Design & Arte", da Even, busca valorizar e integrar arquitetura e paisagismo
 

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