'Móveis são colecionados como obras de arte', diz curador de mostra em SP
DE SÃO PAULO
Marcelo Vasconcellos é um dos curadores de "Modernos/Contemporâneos", mostra sobre o design brasileiro de móveis dos dois períodos. Até 29 de julho na Galeria Bolsa de Arte (rua Rio Preto, 63, São Paulo).
Divulgação |
Os curadores Marcelo Vasconcellos (à dir.) e Alberto Vicente |
Confira a entrevista de Vasconcellos à Folha.
Folha - Qual a diferença entre os períodos?
Marcelo Vasconcellos - A madeira era protagonista no modernismo. Hoje, é artigo de luxo e algo a ser preservado. Por outro lado, não há limites para a experimentação de formas, materiais e elementos de construção. E, já há algum tempo, a reutilização de matérias-primas vem ganhando espaço.
Os designers dos anos 1940 a 1960 deixaram legado para os atuais?
Infelizmente, houve um intervalo de criação entre os dois períodos e nossos criadores contemporâneos, com caras exceções, não tiveram influência marcante dos mestres do modernismo. Não temos uma linha tão contínua do mobiliário brasileiro. Basta dar uma olhada nos projetos executados desde 1980 e veremos o quase total distanciamento da concepção e produção da geração contemporânea.
Qual foi o critério para escolher as peças?
Aquelas de nomes icônicos do modernismo pouco vistas e peças atuais únicas ou limitadas de "design arte".
Os móveis pertencem ao mercado de arte?
Cada vez mais eles têm sido colecionados com a mesma lógica de obras de arte, ganhando valor não só pelo interesse estético, mas também pela valorização do designer.
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