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01/06/2014 - 01h30

Morador paga o 'custo centro', com vantagens e desvantagens

CHICO FELITTI
COLUNISTA DA SÃOPAULO

Há uma semana troquei uma grife do centro por outra: saí de um armário de 40 metros quadrados no Copan rumo a um dois quartos de 130 metros quadrados no edifício Viadutos, projeto de Artacho Jurado.

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Em sete dias de mudança, já descobri uma novidade no novo quarteirão. Existe uma comunidade altamente organizada de dez sem-teto que mora na pracinha em frente ao prédio.

Eles ajudaram a carregar os móveis, mas não se avexam antes de pedir uma cerveja quando estou trazendo um pacote do supermercado. Não há como negar –faz parte do custo centro.

O custo centro é facilmente definido com exemplos: prédio aqui não tem vaga de garagem; não tem sala de ioga; não tem varanda gourmet.

Tem sem-teto protestando na porta da Câmara, que é vizinha. Você ouve uns berros desesperados em algumas madrugadas e (não) vai dormir pensando no que está acontecendo.

Pode viver com isso? Pois bônus te esperam. Casa aqui tem taco de peroba no chão. Você vai a pé até o Theatro Municipal e a 25 de Março.

Tem banheiro e cama na Virada Cultural. As banheiras e halls são os mais lindos da cidade. O aluguel de um apartamento para dois, com varanda e floreira, é de R$ 2.000.

Recebo hoje meus amigos pra conhecer a casa nova. Alguns podem desistir por conta do custo centro. Outros pensarão na vinda como uma boa viagem ao centro da cidade.

 

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