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28/06/2014 - 10h00

Com terraço amplo e florido, casal leva 'clima' do Rio para apartamento nos EUA

ELAINE LOUIE
DO "NEW YORK TIMES", EM NOVA YORK

Cristiane Peixoto, 51, designer floral, e seu marido Marcus Silberman, 52, executivo de um banco de investimento, são do Rio de Janeiro e, como diz Peixoto, "a vida no Rio é estar na praia, é estar a céu aberto".

Assim, quando o casal comprou um apartamento para a família em Manhattan, em Nova York, escolheram um imóvel cujo espaço aberto é tão grande quanto o fechado.

"Quando vimos o terraço", ela diz, "surgiram imediatamente lembranças do Rio".

Agora, de maio a setembro, o casal e seus dois filhos vivem como fariam no Brasil, passando muito tempo ao ar livre em seu terraço de 180 metros quadrados.

Peter Pawlak, o arquiteto que comandou a reforma do apartamento no Upper East Side, adquirido por US$ 4,5 milhões em 2011, realizou o que define como "uma intervenção", e não uma reforma completa, no espaço fechado, também com 180 metros quadrados.

Pawlak removeu algumas paredes, mas manteve intocados os pisos e o teto com pé direito de três metros. O terraço foi mantido mais ou menos como era. A reforma, concluída no ano passado, custou US$ 400 mil.

DESIGN FLORAL

A flora tropical do Brasil não conseguiria resistir a um inverno de Nova York. Por isso, o casal contratou Maureen Hackett, que projetou o espaço aberto em três níveis em 2005 para um proprietário anterior (e também é uma das paisagistas do Bryant Park).

Hackett tinha a missão de refrescar as plantas existentes –bordos vermelhos japoneses, com suas folhas cor de vinho, bétulas negras com casca escamosa clara e cornáceas americanas de flores brancas.

No final de março, Hackett introduz cíclames, amores perfeitos e tulipas em vasos. Na metade de maio, ela remove essas plantas e coloca petúnias, cleomes, coleus, sálvia e hidrângeas.

Na metade do ano, no verão norte-americano, ela faz visitas mensais para fertilizar e podar as plantas e verificar a irrigação. Quando começa a nevar, em outubro ou novembro, ela remove as plantas sazonais.

TRÊS EM UM

O conceito original de Hackett para o terraço continua em vigor. "A ideia era que ele se assemelhasse a três ambientes", diz a paisagista. "Projetei os deques, os canteiros, a grama, a barraca".

Mas Pawlak acrescentou móveis que ele mesmo desenhou e instalou um chuveiro externo e iluminação adicional.

À MODA DA CASA

Do lado de dentro, ele perguntou o que cada membro da família queria. Olivia, 18, pediu um quarto minimalista. "Faça parecer que eu não sou dona de coisa alguma", ela pediu a Pawlak.

Nicholas, 15, tinha uma longa lista de desejos, entre os quais "uma cama que servisse como sofá para eu me esticar e assistir TV" e um lugar para exibir seus troféus de futebol.

Peixoto escolheu a paleta geral de cores, dominada pelo branco. "Gosto dos neutros", disse. E Silberman queria uma rede Wi-Fi e um sistema de som que funcionasse tanto dentro quanto fora do apartamento –mesmo no banheiro, onde há um vaso sanitário Inax com um sistema de música.

Mas havia uma coisa com a qual todos concordavam: pediram que Pawlak cobrisse a lareira na sala de estar. O que muitos norte-americanos consideram um luxo, aos brasileiros parece inútil.

"Não fomos criados com lareiras, não a usamos", diz Peixoto.

Nem mesmo no inverno do vórtice polar?

Silberman, que viaja ao Brasil a trabalho duas vezes por mês, foi firme: "Não, prefiro não ter inverno".

Tradução de PAULO MIGLIACCI

 

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