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20/08/2014 - 21h02

Venda de imóveis novos em SP é a menor para um 1º semestre desde 2004

DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO

O mercado imobiliário paulistano apresentou as vendas mais baixas para um primeiro semestre de toda a série histórica medida pelo Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), que começou em 2004 com a atual metodologia.

A comercialização de imóveis novos na capital paulista atingiu 9.054 unidades nos primeiros seis meses do ano, o que representa um recuo de 48,3% sobre a venda de 17.500 imóveis de janeiro a junho de 2013.

Para o setor, entre os motivos desses números, estão um calendário atípico, com o Carnaval tardio (que levaria a um adiamento dos lançamentos), a Copa do Mundo (que começou em 12 de junho, mas teria tirado a atenção dos compradores antes) e as incertezas econômicas.

No último caso, o comprador estaria menos propenso a fechar a compra de imóveis, demonstrando preocupação com o desemprego.

"O que nós percebemos é que a visitação nos estandes não diminuiu tanto quanto as vendas. A incerteza eleitoral ou a dúvida se a pessoa vai ter o emprego ou não fazem com ela adie um pouco essa compra", diz Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário).

Bernardes acrescenta que muitas empresas adiaram os lançamentos para o segundo semestre, "o que diminuiu a gama de produtos ofertados e pode ter tido esse efeito colateral [da queda nas vendas]." O volume de lançamentos caiu 18,8%, para 11.360 unidades.

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EM QUEDA
Mercado imobiliário paulistano apresenta as vendas mais baixas desde o início da série histórica

1º semestre Vendas de imóveis novos Variação Lançamentos Variação
2004 9.223 - 8.710 -
2005 11.156 21,0% 9.194 5,6%
2006 13.147 17,9% 9.617 4,6%
2007 14.430 9,8% 13.161 36,9%
2008 19.224 33,2% 16.812 27,7%
2009 14.368 -25,3% 8.150 -51,5%
2010 17.005 18,4% 13.581 66,6%
2011 11.680 -31,3% 14.112 3,9%
2012 11.981 2,6% 9.224 -34,6%
2013 17.500 46,1% 13.983 51,6%
2014 9.054 -48,3% 11.360 -18,8%

Fontes: Secovi-SP e Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio)

SEGUNDO SEMESTRE
Para Renato Ventura, diretor-executivo da Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras), o segundo semestre, como tradicionalmente ocorre, tende a apresentar resultados melhores para o mercado imobiliário.

Ele ressalta que o crédito imobiliário em ascensão e a forte demanda por habitação devem impulsionar as vendas.

O volume de crédito imobiliário para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança avançou 7% no primeiro semestre deste ano no país e atingiu R$ 53,1 bilhões, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

A projeção do Secovi-SP para o fim do ano passou a ser de lançamentos em torno de 26 mil unidades e vendas em cerca de 24 mil unidades. Isso representaria uma queda de 22% e 28%, respectivamente, na comparação com 2013.

No início do ano, o setor previa alta de 5% a 10% nas vendas e nos lançamentos.

 

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