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14/10/2014 - 07h30

Casal se dedica a reformar casas arruinadas por décadas; veja soluções

SANDY KEENAN
DO "NEW YORK TIMES"

Para o canadense Kevin Singer, 50, e o francês François Richard, 60, a predileção norte-americana por reformar toda uma casa o mais rápido possível é incompreensível e equivocada.

Eles preferem a abordagem oposta para transformar casas velhas e frequentemente arruinadas, como têm feito nos 25 em que estão juntos. Para eles, a passagem do tempo é um elemento crucial do design.

Singer e Richard reformaram lentamente dois imóveis na França: um apartamento Art Nouveau em Paris e uma casa de fazenda abandonada, construída em pedra, na Borgonha.

A mais recente transformação finalizada por eles começou há 16 anos, em 1998, quando eles compraram uma casa de 250 anos em Gers, no sudoeste francês, onde Richard passou a infância. Eles compraram a residência e algumas edificações acessórias por US$ 125 mil e a reforma custou US$ 400 mil.

Ninguém morava na casa havia 50 anos e, por isso, ela era a tela em branco ideal. As oliveiras e figueiras maduras encontradas no terreno vieram como bônus inesperado.

Conforme o tempo permitia, os dois viajavam de Paris, onde estavam vivendo, para trabalhar na restauração da propriedade, por dentro e por fora.

Singer é consultor internacional de marcas, muitas vezes assessorando companhias sobre como fazer negócios em culturas com as quais elas não estão familiarizadas. Quando o casal está em Gers, ele é o especialista na porção externa do trabalho e o criador dos mais de dez jardins distintos na propriedade.

Richard concentra seus esforços em uma das duas cozinhas, produzindo tortas de frutas de crosta fina no verão e foie gras ou confit de pato nos meses mais frios.

Durante os anos do casal em Paris, Richard trabalhava relutantemente como cirurgião plástico e otorrinolaringologista. Muitas vezes, ele convencia seus pacientes a desistirem de reduções de nariz ou remoção de rugas, garantindo que já eram muito bonitos como eram.

"Gosto que as pessoas envelheçam como são, no rosto e no cérebro", ele diz.

POMBAL

Quando o trabalho de Singer e o desejo do casal de ter um filho, recorrendo a uma barriga de aluguel, levou-os aos Estados Unidos, em 2012, Richard recebeu com agrado a oportunidade de tentar algo novo.

Agora, ele tem um estúdio de arte no Brooklyn e seus quadros decoram o apartamento do casal em Manhattan, por sobre o berço de Joachim, 2, o filho do casal, e também as velhas paredes de pedra da propriedade que eles ainda mantêm na França.

Quando amigos e parentes os visitam lá, pais e filho se mudam temporariamente para o que chamam de "pombal", uma modesta torre de três andares a alguma distância da casa.

Dada a curiosidade inesgotável e energia de Joachim, as reformas progridem mais lentamente ainda.

E há outra distração no horizonte: o casal comprou uma casa de fazenda abandonada, do século 10, na costa da Tunísia. Por enquanto, Singer diz que decidiu "deixá-la dormir".

Isso não significa, porém, que eles não possam começar a pensar no novo projeto. Como ele gosta de dizer, "quando tudo está pronto e perfeito, sobre o que resta sonhar?".

Tradução de PAULO MIGLIACCI

 

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