Cliente é mais arrojado com luminária que cadeira e sofá, diz Tom Dixon

O designer britânico autodidata Tom Dixon, que recebeu a medalha da Ordem do Império Britânico por sua contribuição ao design, esteve em São Paulo para lançar a coleção CLUB, a convite das lojas Firma Casa e Lumini.

Confira a entrevista de Dixon à Folha.

Divulgação

O designer britânico autodidata Tom Dixon

Folha - Prefere luz, móveis ou objetos?
Tom Dixon - A luminária faz parte do mundo moderno e o cliente se dá ao luxo de ser mais contemporâneo. Já na compra de cadeiras e sofás, as pessoas são mais conservadoras.

Você busca uma unidade em suas peças?
O interesse em técnicas de manufatura, seja industrial, artesanal ou os dois.

Com que materiais tem trabalhado?
Usei muito cobre, agora uso mais tecido, vidro e cerâmica.

Você diz que um dos objetivos da marca é "reviver o design de móveis britânico". Por quê?
É muito importante ter um legado, e os britânicos tem uma tradição muito antiga de inspiração. Eu uso parte disso como tentativa de fazer algo moderno. No mercado global, que é muito competitivo, é uma vantagem você ter uma nacionalidade e um senso estético ao mesmo tempo tradicional e atual.

Guarda algum aprendizado de sua experiência como músico na prática do design?
O modo como eu comecei a trabalhar com design, o método de criatividade e de produção do meu trabalho, como performancer, talvez tenha vindo desse lado musical. É essa ideia de que você não precisa de treinamento, nem da aprovação dos seus pais ou de um diploma universitário para fazer algo que goste.

Conhece a arquitetura e o design brasileiros?
O Brasil tem uma arquitetura muito bonita e boa. Conheço arquitetos brasileiros dos anos 1960 e até alguns mais recentes. Gosto do mobiliário mais tropical dos anos 1960, que foi um movimento importante naquele momento.