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03/12/2014 - 19h12

Crédito imobiliário desacelera e deve crescer 5% neste ano, prevê Abecip

DE SÃO PAULO

O mercado de crédito imobiliário deverá crescer em torno de 5% neste ano, bem abaixo das projeções iniciais de 15% para o período e da verificada um ano antes, de 32% em relação a 2012.

Para este ano, a estimativa do presidente da Abecip (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança), Octavio de Lazari Junior, é chegar a um montante de R$ 115 bilhões no encerramento deste ano e, ainda assim, bater o recorde histórico de desembolso do ano passado, de R$ 110 bilhões.

Marlene Bergamo/Folhapress
Empreendimento em construção na Rua do Livramento, na região do Paraíso, em São Paulo
Empreendimento em construção na Rua do Livramento, na região do Paraíso, em São Paulo

"Foi um ano difícil, mas vitorioso por tudo o que aconteceu [Copa e eleições acirradas]. O consumidor está mais seletivo e rigoroso, e a indústria lançou menos", diz ele, em evento promovido pela Fiabci/Brasil (Federação Internacional das Profissões Imobiliárias) e pelo Secovi (sindicato do mercado imobiliário), em São Paulo.

Até outubro, segundo Lazari, a expansão é de 5,1% em relação aos primeiros dez meses de 2013, com avanço de 7,3% para a aquisição de imóvel e estabilidade para a produção.

Para o presidente da Abecip, a situação do crédito imobiliário é confortável, com pilares sólidos, que o fazem crescer. Entre eles, cita o baixo desemprego, a confiança do consumidor estável e o baixo nível de inadimplência.

Lazari nega que os bancos estejam mais conservadores na concessão do crédito e que isso tenha contribuído para a desaceleração. "O crédito imobiliário foi eleito como uma carteira de trabalho relevante dos bancos. A perenidade do relacionamento com o cliente favorece."

Quanto à perspectiva de alta da taxa básica de juros, Lazari não vê impacto direto no financiamento pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação. "Apesar da taxa selic estar em alta, não há aumento significativo. Desde junho, os bancos já operam com taxas levemente mais altas".

2015

Para 2015, Lazari Junior projeta que o setor, ao menos, repita o desempenho de 2014, com algum ganho.

"Esperamos repetir este ano e crescer um pouco mais. Gostaria de divulgar previsão de crescimento de 10% para 2015, mas preciso dos dados de novembro [deste ano], que ainda não saíram", diz ele.

Além de perspectivas melhores para o setor imobiliário como um todo, ele vê como um "divisor de águas do mercado de crédito imobiliário" a MP (medida provisória) 656 que trata, entre outras coisas, da simplificação no registro de imóveis. A nova legislação, que entrou em vigor em 7 de novembro, reduziu de 14 para 4 os procedimentos necessários para registro de propriedades.

"Calculamos que a economia de tempo no registro do imóvel seja de 40%", diz Lazari, que também vê como um impulso a efetivação do registro eletrônico de imóveis para cartórios.

 

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